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sexta-feira, 20 de abril de 2018

O tabaco


O tabaco é responsável por cerca de seis milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, estima-se que o tabagismo seja responsável por 200 mil óbitos ao ano. O tabagismo é, reconhecidamente, uma doença crônica — resultante da dependência à droga nicotina — e um fator de risco para cerca de 50 doenças, dentre elas, câncer, DPOC e doenças cardiovasculares. Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também é um fator de risco importante para o desenvolvimento de outras doenças, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras doenças.

Bidis

São pequenas cigarrilhas, geralmente aromatizadas, contendo tabaco envolvido em folhas de tendu ou temburi (plantas nativas da Ásia), seguras por um barbante colorido amarrado em uma das extremidades.

E apesar do pequeno tamanho, os teores de compostos tóxicos são mais altos que nos cigarros convencionais, pois o fumante precisa tragar com maior intensidade para mantê-lo aceso.

Ou seja, Bidis não são uma alternativa segura. Estudos científicos indicam que fumantes de Bidis apresentam maior risco de desenvolver câncer oral, câncer de pulmão e outros graves problemas de saúde. De acordo com o CDC, Center for Desease Control, um instituto americano, um Bidi produz de 3 a 5 vezes mais alcatrão e nicotina que um cigarro convencional, apesar da quantidade de tabaco ser menor. Outros compostos tóxicos e cancerígenos estão presentes também em maior quantidade, como hidrocarbonetos poliaromáticos, benzo-a-pireno.

Charutos

Os charutos são muito tóxicos, assim como os cigarros. A diferença é que certas doenças estão mais associadas a cigarros, como enfisema pulmonar, enquanto outras são mais associadas a charutos, como câncer de boca, de língua, garganta e esôfago.

Câncer de Pulmão
Um estudo desenvolvido nos EUA verificou que os fumantes de charutos têm um risco duas vezes maior de desenvolver câncer de pulmão que os não-fumantes. Já em um estudo semelhante desenvolvido na Europa o risco foi nove vezes maior.

Câncer Oral
Usuários de charutos têm uma maior exposição da boca e da língua à fumaça, pois, na maioria, ao invés de tragar, mantém a fumaça, que por si já contém maiores teores dos compostos cancerígenos e uma maior alcalinidade, por mais tempo nessa área. Em conseqüência, o risco de desenvolver cânceres orais é maior.

Como o charuto não possui filtro, fica em contato direto com os lábios, expondo essa região aos compostos tóxicos e cancerígenos presentes no produto.

Câncer de Esôfago
Como os compostos tóxicos e cancerígenos são facilmente dissolvidos pela saliva, ao ser ingerida pelo fumante, há um aumento do câncer de esôfago quando comparado a não-fumantes.

O risco de desenvolver câncer de boca, de garganta e esôfago nos consumidores de charutos é mais que duas vezes mais alto em comparação com os não-fumantes.

Quem fuma apenas 1 a 2 charutos/dia aumenta duas vezes o risco de ter câncer oral e de esôfago, comparado a quem não fuma. Quem fuma de 3 a 4 charutos/dia aumenta mais de 8 vezes o risco de ter câncer oral e 4 vezes a chance de ter câncer no esôfago.

Isso acontece porque o fumante de charutos geralmente não traga a fumaça, que é mais irritante que a fumaça de cigarro, mas a mantém por mais tempo na boca, onde os compostos tóxicos e cancerígenos são mais absorvidos.

Além disso, a quantidade de tabaco queimada durante o consumo de um charuto é maior que a quantidade queimada em um cigarro: um charuto contém entre 5 e 17 gramas de tabaco, e um cigarro contém em média 0,8 a 1,0. Por isso, os teores dos compostos tóxicos e cancerígenos são também maiores. Por exemplo, um cigarro contém cerca de 1 mg de nicotina, enquanto que um charuto de marca popular entre 100 e 200 mg de nicotina, já tendo sido encontrado charutos com 444mg.3,1 Com isso, a nicotina na fumaça de um único charuto pode ser comparável a um cigarro e até um maço ou mais de cigarros.1 Assim, fumar um charuto pode equivaler a fumar 20 cigarros.

Outro fator de elevada toxicidade nos charutos é que os teores das N-Nitrosaminas Específicas do Tabaco (TSNA), que estão entre as substâncias conhecidas de maior potencial cancerígeno para o homem, são mais elevados na fumaça dos charutos que na fumaça de cigarros.

Cigarros

O consumo de cigarros pode causar diversos danos graves à saúde do fumante e dos que convivem com ele. Os fumantes tem um risco maior de desenvolver as seguintes doenças:

Doenças coronárias (como angina e infarto): Os fumantes tem maior probabilidade de morrer por doença coronariana, especialmente os fumantes jovens. O tabagismo é responsável por 45% das mortes entre homens e 40% entre mulheres, com menos de 65 anos, por doença coronariana.

Problemas circulatórios: Os fumantes tem um elevado fator de risco de desenvolver arteriosclerose, envolvendo as artérias da perna, o que leva a dores, dificuldade em caminhar, podendo chegar a gangrena e amputação.

Tromboangeite obliterante: distúrbio em que ocorre obstrução completa dos vasos sangüíneos das mãos e pés em conseqüência de coágulos e inflamação no interior dos vasos. A redução do fluxo sanguíneo para as extremidades pode causar gangrena e amputação de dedos, pés e pernas. Parar de fumar é a única forma de interromper o avanço da doença, que afeta quase sempre homens de 20 a 40 anos de idade que tem histórico de tabagismo.

Aneurisma da aorta: É uma dilatação anormal e localizada da aorta, podendo levar seu rompimento. Pelo menos 80% dos aneurismas da aorta são causados pelo estreitamento das artérias. O desenvolvimento de aneurisma da aorta abdominal é mais comum entre fumantes. Aneurismas podem ocorrer também no cérebro, coração, intestino e outras partes do corpo.

Câncer de Pulmão: 90% dos casos de câncer de pulmão são em fumantes. O câncer de pulmão é uma doença altamente letal – apenas um pequeno número de pacientes consegue sobreviver por 5 anos após o diagnóstico.

Câncer da boca, traquéia, cavidade oral, faringe, laringe e esôfago: Cânceres da cavidade oral são fortemente associados ao tabagismo, principalmente ao uso de charutos e de fumo mascável.

Câncer no pâncreas: fumantes e usuários de fumo mascável tem risco maior de desenvolver câncer no pâncreas do que não fumantes. O câncer no pâncreas ocorre devido principalmente à presença de nitrosaminas na fumaça e no tabaco.

Câncer nos rins: Evidências científicas sugerem a associação entre o fumo e o câncer nos rins5. Foi observado um acúmulo de cádmio maior nos rins de fumantes do que nos não fumantes.

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): é uma doença crônica dos pulmões, em que ocorre diminuição da capacidade de respirar devido à obstrução nas vias aéreas. Inclui uma série de problemas pulmonares como bronquite crônica (inflamação dos brônquios) e enfisema pulmonar (destruição progressiva do tecido pulmonar). No Brasil ocupa a 5ª posição em causa de morte e 290 mil pacientes são internados anualmente. O fumo é a principal causa da DPOC: 90% dos casos são de fumantes ou ex-fumantes.

Pneumonia: é uma infecção nos pulmões causada por infecção bacteriana ou viral. Os fumantes estão mais propensos a infecções do que os não fumantes, pois o fumo prejudica o sistema imunológico5.

Colesterol alto: Fumantes tendem a ter os níveis de HDL (colesterol bom) menores e níveis mais elevados de LDL (colesterol ruim). Com isso, aumenta o risco de formação de plaquetas e entupimento das artérias.

Osteoporose: caracterizada pela perda de massa óssea, que leva ao enfraquecimento dos ossos, tornando-os vulneráveis à traumas e fraturas. Ocorre mais intensamente em fumantes que em não fumantes.

Problemas gastrointestinais: úlceras pépticas, que são lesões localizadas no estômago ou duodeno com destruição da mucosa da parede destes órgãos, ocorrem com mais freqüência em fumantes do que em não fumantes.

Impotência sexual no homem: o risco de disfunção erétil é maior em fumantes do que em não fumantes. Isso ocorre provavelmente devido à nicotina, que reduz o fluxo sanguíneo para o pênis, por constrição das artérias.

Problemas na gravidez: são diversos os problemas causados pelo fumo durante a gravidez. As questões sobre o tema estão mais detalhadas adiante.

Isso tudo sem mencionar os danos mais sutis à saúde, como cansaço, falta de ar, insônia, envelhecimento precoce, amarelamento dos dentes.


Tem muito mais... Mas, creio que estas informações já são bastante por enquanto...

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