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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Cuidados paliativos


Cuidados paliativos são o conjunto de práticas de assistência ao paciente com doença de longa duração e incurável que visa diminuir os sintomas e as reações que causam sofrimento a ele e à sua família. Eles não atacam a causa do problema, mas suas manifestações desagradáveis.

São mais comumente dispensados a pacientes com enfermidades incuráveis (maiormente cânceres) ou durante o curso de outras enfermidades de longo curso. O objetivo dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida tanto do paciente quanto da sua família, é apropriado a qualquer idade e em qualquer fase de uma doença grave e pode ser fornecido ao mesmo tempo que o tratamento curativo.

Os cuidados paliativos visam uma maior dignidade para o paciente e a melhoria da qualidade de vida dele e de seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida ou a integridade da pessoa. Eles devem ser prestados por uma equipe multidisciplinar e consistem em manejar da maneira mais cômoda possível os sintomas e/ou deficiências que acometem a pessoa, em razão da doença ou de inevitáveis efeitos colaterais desagradáveis das medicações.

Apesar da conotação negativa do termo paliativo, o tratamento paliativo deve ser eminentemente ativo. Mesmo não se referindo à causa da enfermidade, os cuidados paliativos devem ser vistos como parte integrante do tratamento e, assim, indeclinável obrigação do médico assistente e de sua equipe.

O médico precisa ter em mente que os cuidados são com o seu paciente e não com a doença que ele tem. Doenças terminais causam sofrimento. As mesmas doenças se repetem em diferentes pessoas, mas cada ser humano é único e é compreendendo a maneira diferenciada que cada indivíduo experimenta e encara o seu próprio sofrimento que os cuidados paliativos podem ajudar mais. Porque eles procuram aliviar não só o sofrimento físico, mas também o sofrimento emocional, social, familiar e espiritual de cada indivíduo.

Profissionais que assistem pacientes com doenças terminais procuram auxiliá-los no encontro de um sentido para o que cada um deles viveu e está vivendo, mais do que encontrar uma resposta para o que vem depois da morte, é o que esclarece a Dra. Ana Cláudia Quintana, médica geriatra formada pela FMUSP e que presta assistência a pacientes terminais. Ela também é autora do livro "A morte é um dia que vale a pena viver".

É quase impossível elencar todos os cuidados paliativos, tal é a variedade de situações e de pacientes em que eles podem ser aplicáveis. De um modo geral, os mais comuns são o alívio da dor e de outros sintomas estressantes como astenia, anorexia e dispneia, por exemplo; a reafirmação da vida e da morte como processos naturais; a integração das dimensões psicológicas e sociais ao aspecto clínico; o oferecimento de um sistema de apoio à família para lidar com a doença do paciente; a ajuda aos pacientes para viverem o mais ativamente possível até sua morte e o uso de uma abordagem interdisciplinar para atender às necessidades clínicas e sociais dos pacientes e de suas famílias.

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