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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Imunoterapia


As imunoterapias consistem em intensificar ou suprimir as respostas imunes do organismo, para ajudar no tratamento de algumas doenças. Elas são chamadas de imunoterapias de ativação e imunoterapias de supressão, respectivamente. Nos últimos anos, a imunoterapia tornou-se de grande interesse, particularmente por sua promessa de tratar várias formas de câncer. Assim, ela é uma categoria de terapia que ampliou muito o tratamento contra o câncer ao usar o sistema imunológico do corpo para combater células malignas.

=> Imunoterapia de ativação: As imunoterapias de ativação contra o câncer tentam estimular o sistema imunológico a destruir os tumores malignos.

Uma grande variedade de estratégias de imunoterapia está em uso atualmente, resultando em aumento significativo da sobrevida e do período livre de doença, e outras estão sendo pesquisadas e testadas para serem utilizadas no futuro.

Quando a imunoterapia é combinada a métodos convencionais, a eficácia do tratamento é aumentada em 20-30%.

Há varias técnicas de imunoterapia, seguem alguns exemplos:

1.Uma delas consiste em expor os linfócitos G-CSF in vitro a um antígeno tumoral e reinjetá-los para que ataquem e destruam as células tumorais sensíveis.
2.A imunoterapia com BCG para câncer não invasivo de bexiga injeta bactérias vivas atenuadas no interior da bexiga, visando a exacerbação de reações imunológicas locais, que impedem a recorrência do câncer em até dois terços dos casos.
3.A imunoterapia tópica utiliza cremes imuno-estimulantes, fazendo com que as células T destruam verrugas, ceratoses actínicas, câncer de células basais, neoplasia intraepitelial vaginal, câncer de células escamosas, linfoma cutâneo e melanoma maligno superficial.
4.Imunoterapia por injeção de antígeno para tratar tumores induzidos por papilomavírus humano (HPV).
5.A transferência de células adotivas foi testada em cânceres de pulmão e outros, com resultados ainda incertos.

As células efetoras das reações imunes, como linfócitos, macrófagos, células dendríticas, células natural “killer” (= assassinas), linfócitos T citotóxicos, etc. trabalham em conjunto para defender o corpo contra o câncer, direcionando antígenos contra os anticorpos anormais expressos na superfície das células tumorais.

=> Imunoterapias de supressão: As drogas imunossupressoras são usadas para diminuir a intensidade das respostas imunes tanto nos transplantes de órgãos como nas doenças autoimunes. Essas respostas imunes são dependentes da proliferação de linfócitos e as drogas imunossupressoras atuam sobre eles. As drogas ditas citostáticas (que inibem o desenvolvimento das células cancerígenas) e também os glicocorticoides são inibidores específicos da ativação de linfócitos. Existem, ainda, outras drogas que modulam para menos as respostas imunes.

O corpo normalmente não lança um ataque do sistema imunológico contra seus próprios tecidos, mas em casos excepcionais isso pode ocorrer, como nas enfermidades ditas autoimunes. Terapias de supressão imunológica procuram redefinir para menos as reações do sistema imunológico para que o corpo pare de atacar erroneamente seus próprios órgãos ou células ou aceite tecidos estranhos, como no transplante de órgãos.

A imunoterapia de supressão tem sido usada, entre outras finalidades, para tratar as alergias. A criação de uma imunidade adequada reduz ou elimina a necessidade de se fazer imunossupressão medicamentosa pelo resto da vida, evitando, assim, seus efeitos colaterais concomitantes. A imunoterapia reduz a sensibilidade a alergenos, diminuindo a gravidade da alergia e a necessidade dos tratamentos com anti-histamínicos ou corticosteroides para o controle dos sintomas agudos.

A imunoterapia para tratamento da asma pode levar tempo para produzir benefícios, sendo parcialmente eficaz em algumas pessoas e ineficaz em outras, mas, em muitos casos, oferece aos pacientes a chance de reduzir ou interromper seus sintomas. A terapia é indicada para pessoas extremamente alérgicas ou que não podem evitar alergenos específicos e não é indicada para alergias alimentares ou medicinais, sendo particularmente útil para pessoas com rinite alérgica ou asma.

O sistema imunológico está sempre vigilante para combater invasores estranhos, como vírus, bactérias, fungos, células malignas ou células do próprio organismo reconhecidas como estranhas. Os gânglios linfáticos, que compõem a maior parte do sistema imunológico, servem como postos de controle, localizados em todo o corpo. Os glóbulos brancos, como as células T, combatem infecções e câncer.

Quando um “invasor estrangeiro” é detectado, todo o sistema imunológico é alertado por meio de sinais químicos e envia alertas sobre o problema a todos os elementos orgânicos responsáveis por combatê-lo.

As células cancerígenas nem sempre são reconhecidas como invasoras porque são células do próprio corpo que sofreram mutações e o sistema imunológico, não reconhecendo essa mudança, permite que essas células cresçam, se dividam e se espalhem por todo o corpo.

Algumas drogas de imunoterapia são projetadas para interromper esse processo e permitir que as células cancerígenas sejam reconhecidas como invasoras, desencadeando um ataque a elas pelo sistema imunológico.

Citocinas e vacinas contra o câncer são outros tipos de imunoterapias usadas para gerar uma resposta imune, ajudando o corpo a reconhecer as células cancerígenas.

A imumnoterapia pode ajudar a tratar doenças como "Câncer infantil", "Alopecia areata" e "Alergias".

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