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segunda-feira, 5 de março de 2018

Endometrite


O útero é um órgão constituído por um corpo muscular e um colo e revestido internamente por uma camada mucosa chamada endométrio. A endometrite é uma inflamação aguda ou crônica do endométrio, que é a camada de células mais interna do útero.

A endometrite pode dever-se a causas de diversas naturezas:

1.Infecciosas, como gonorreia, sífilis, clamídia, etc.
2.Mecânicas, como abortos, partos, procedimentos ginecológicos e outros.
3.Tóxicas, como gota, diabetes, obesidade, etc.
4.Circulatórias, como tempo excessivo na posição ereta, esforços físicos e sexuais intensos, práticas contraceptivas inadequadas, doenças circulatórias e respiratórias.
5.Procedimentos médicos que envolvam manipulação do útero, como cesarianas, histeroscopia, colocação de um dispositivo intrauterino (DIU), dilatação e curetagem, etc. também podem provocar endometrite.

A endometrite pode ainda estar associada a infecções de órgãos vizinhos, como trompas de Falópio, ovários e peritônio pélvico. As mulheres que estão em maior risco são as que passaram por um aborto ou parto, por anestesia geral ou que sofrem de anemia.

Os principais sintomas da endometrite aguda são: corrimento vaginal com cheiro fétido, com ou sem sangramento; dor durante a menstruação; hemorragias vaginais anormais; dor nas relações sexuais; distensão abdominal; irritação uterina e febre alta.

A descrição dos sintomas e da sua variação dá uma primeira suspeita. O recolhimento de células uterinas pode detectar a existência de agentes infeciosos. Os exames laboratoriais de sangue, urina e corrimento vaginal, associados com ecografia endovaginal, tomografia computorizada e histeroscopia dão uma ajuda valiosa para consolidar o diagnóstico. Uma biópsia da lesão ajuda a confirmar o diagnóstico.

O tratamento da endometrite deve constar do uso de antibióticos e anti-inflamatórios, que controlam a infecção, a inflamação e a dor. Dependendo de certas características do caso clínico, o médico pode recorrer a uma histerectomia, procedimento que consiste na remoção total ou parcial do útero, para retirar o tecido inflamado.

Uma laparoscopia pode ser feita para resolver o problema criado por eventuais aderências que estejam, por exemplo, obstruindo as trompas de Falópio. Se a infecção for resultado de doença sexualmente transmissível (DST), o parceiro sexual da paciente também deve ser tratado.

Nem todo procedimento ginecológico é asséptico, inclusive o próprio parto vaginal. Por isso, uma das formas de evitar a endometrite é pelo uso profilático de antibióticos.

A endometrite leve pode se recuperar espontaneamente, mas o não tratamento pode levar à infertilidade e/ou a infeções como peritonite pélvica, abscessos pélvicos e/ou uterinos ou outras infecções mais graves. A septicemia e o choque séptico requerem hospitalização, pois representam perigo de vida.

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