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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Febre Amarela
A vacina contra febre amarela é uma vacina que protege contra a infecção viral denominada febre amarela. A doença tem esse nome porque, entre outros sintomas graves que acarreta, ocasiona uma icterícia que deixa a pele e as mucosas com uma cor amarelada.
Segundo os pesquisadores, a vacina começa a desenvolver imunidade a partir de dez dias após ser tomada e 99% das pessoas estarão completamente protegidas para o resto da vida dentro de um mês após a vacinação. A vacina vem sendo usada para controle do atual surto da doença no Brasil.
Os vírus atenuados que compõem a vacina dão origem a anticorpos que combatem os vírus ativos eventualmente inoculados pelo mosquito.
Os mosquitos transmissores da febre amarela silvestre são o Haemagogus e o Sabethes.
O Aedes Aegypti pode transmitir a febre amarela urbana, mas não há casos registrados no Brasil. A vacina, feita a partir do vírus atenuado e apresentada em frascos liofilizados, surgiu em 1938. Alguns países exigem certificado de vacinação contra a febre amarela como condição para a entrada de estrangeiros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina com dose completa (0,5 ml) protege por toda a vida, enquanto a vacina com a dose fracionada (0,1 ml) valerá por oito anos, pelo menos.
A dose fracionada tem sido adotada mediante a vigência de surtos da doença em que é preciso vacinar um grande contingente da população.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo decidiu adotar a versão fracionada, coisa que também deve vir a ser utilizada nos estados do Rio de Janeiro e Bahia.
Essa prática já foi utilizada com sucesso em Angola e outros países africanos. No entanto, as pessoas que vão viajar para países que exigem certificado de vacinação devem tomar a dose integral.
Quem deve tomar a vacina contra a febre amarela?
Como a febre amarela é basicamente uma doença transmitida por mosquitos que vivem nas florestas, a partir de animais silvestres (principalmente primatas), as pessoas que vivem nas proximidades de matas ou que participam de atividades que a obrigam a embrenhar-se nas matas, devem ser os alvos preferenciais da vacinação.
Em todas as regiões onde a doença é comum, recomenda-se que as pessoas sejam vacinadas entre nove meses e 59 anos de idade. Casos especiais devem ser decididos pelo médico:
1. Pessoas com mais de 60 anos e que nunca tenham recebido uma dose da vacina devem consultar um médico sobre a conveniência ou não de tomarem a vacina.
2. Gestantes que não tenham sido vacinadas também devem consultar o médico se devem ou não tomar a vacina. Embora, como princípio geral, as mulheres grávidas devam se abster o quanto possível de qualquer medicação, a vacina pode ser recomendada para aquelas mulheres potencialmente expostas à doença, tendo em vista a gravidade dela.
3. Mulheres que estejam amamentando devem tomar a vacina se vão se deslocar para áreas onde haja transmissão ativa da doença e a amamentação deve ser suspensa por 10 dias, pelo menos, após receberem a vacina.
4. Viajantes que frequentemente mudam de região ou que pretendam viajar para áreas de risco e que não tenham sido vacinados devem se vacinar 10 dias antes de viajar.
5. Se a pessoa tiver dúvidas se já foi ou não vacinada, deve procurar um médico para avaliar se há ou não necessidade de se vacinar novamente.
Quem não deve tomar a vacina contra a febre amarela?
A vacina contra a febre amarela não deve ser dada às pessoas com baixa imunidade, como aquelas submetidas à quimioterapia ou radioterapia, por exemplo.
Também não deve ser aplicada em pessoas que estejam tomando medicações imunossupressoras.
Bebês com menos de 9 meses de idade, que possuem o sistema imunológico ainda imaturo, não devem ser vacinados.
Tampouco devem receber a vacina os portadores de doenças que reduzam a imunidade e as pessoas que tenham alergia ao ovo.
Nesses casos, a proteção deve ser feita com repelentes de mosquitos, telas em janelas e portas, uso de mosquiteiros e roupas compridas e evitando visitar locais de risco.
A vacina é a forma mais eficaz de prevenir a febre amarela.
É a vacinação frequente que impede que a doença se espalhe mesmo em áreas endêmicas.
Outras formas de prevenir a doença consistem em evitar regiões onde ela é endêmica, usar repelentes de mosquitos, telas em portas e janelas e roupas compridas que cubram todo o corpo.
De um modo geral, a vacina é segura. Cerca de 2 a 5% dos vacinados podem apresentar dor de cabeça, mialgias e febre, entre o quinto e décimo dias após a vacinação.
Embora seja raro, podem ocorrer reações mais graves e inclusive morte em consequência da vacina (um a cada 400 mil vacinados), sobretudo em idosos.
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