Pesquisar este blog
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Síndrome de Cotard
A síndrome de Cotard, também chamada delírio de Cotard, síndrome do cadáver ambulante, delírio niilista ou delírio de negação, é uma condição mental rara em que a pessoa alega não possuir certos órgãos como, por exemplo, os intestinos ou os pulmões ou que eles estão em decomposição.
Ou mesmo que ela própria como pessoa está morta e não existe, crença que pode se estender a seus familiares, amigos ou ao mundo que a rodeia.
O neurologista francês Jules Cotard identificou o primeiro caso em 1880. Em 1882 ele descreveu o quadro como "Delírio de Negação". Em 1893, Emil Régis conferiu ao distúrbio o nome de Síndrome de Cotard.
A síndrome de Cotard é uma condição psiquiátrica que pode ocorrer durante as psicoses, sobretudo nos quadros depressivos da Psicose Maníaco-Depressiva (atualmente chamada Desordem Bipolar) ou na Esquizofrenia e, portanto, parece ser de natureza psicológica.
No entanto, há a hipótese de que essa realidade distorcida seja causada por um mau funcionamento em uma área do cérebro chamada giro fusiforme e também na amígdala (um conjunto de neurônios em forma de amêndoa que processa suas emoções). Pode também associar-se à síndrome de Capgras (distúrbio psíquico no qual uma pessoa crê, delirantemente, que um membro familiar próximo, foi substituído por um impostor idêntico).
A síndrome de Cotard é um tipo de delírio que geralmente é associado à negação de partes de si mesmo ou da auto-existência como um todo. A pessoa que experimenta esse delírio pode acreditar que esteja morta, morrendo ou que partes do corpo não existem e que não precisa exercer atividades tidas como vitais, como beber, comer, higiene básica, etc.
Qualquer evidência para sustentar o fato de que ela está viva (como o fato de estar caminhando, falando, respirando, etc.) é "explicada" por essa pessoa de forma contrária, para sustentar sua crença. As pessoas com essa condição negligenciam sua saúde física e higiene pessoal.
Esse quadro clínico era mais frequentemente visto em psicoses graves e de evolução sem tratamentos eficazes. Atualmente, que medicações eficazes controlam as psicoses e interrompem seu curso desde o início, ele se torna cada vez mais raro.
O diagnóstico da síndrome de Cotard é eminentemente clínico e dependente dos relatos dos pacientes e das pessoas que lhes são próximas.
Além da síndrome em si, é mandatório reconhecer a enfermidade psiquiátrica em que ela se acha inserida. Associados a ela existem outros sintomas psiquiátricos devidos à enfermidade de base.
Não há cura específica para a síndrome de Cotard, mas a enfermidade de base, na qual ela está inserida, pode ser controlada com medicação. O tratamento pode envolver medicamentos antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores do humor.
A síndrome de Cotard costuma ter três etapas.
Na primeira etapa, de germinação, os pacientes sofrem crises de depressão psicótica e sintomas hipocondríacos.
Na segunda, de florescimento, há o desenvolvimento completo e explosivo dos delírios de negação.
E na terceira, crônica, persistem delírios graves e depressão crônica.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Pinguécula refere-se a uma elevação de coloração amarelada na junção da córnea com a esclera. Na verdade, a pinguécula é um tumor ocular be...
-
A Arginina parece ter algum efeito na redução da memória e capacidade de concentração, dificuldade de aprendizagem, fadiga, na astenia fí...
-
A gravidez foi fácil, o parto foi tranquilo. Era o primeiro bebê do casal, eles estavam empolgadíssimos. Porém, em dois meses, a alegria de ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário