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quinta-feira, 25 de maio de 2017
Alergia às proteínas do leite de vaca
As alergias às proteínas do leite de vaca ou APLV são as alergias alimentares infantis mais comuns e afetam de 1,9% a 4,9% dos bebês. Elas são uma resposta do sistema imunológico a uma ou ambas as proteínas do leite. As alergias às proteínas do leite de vaca não devem ser confundidas com intolerância à lactose, que é a incapacidade de digerir o açúcar do leite.
As APLVs podem ser divididas em
(1) alergias mediadas pela imunoglobulina E [IgE],
(2) alergias não mediadas pela IgE ou (3) alergias mistas.
A causa não é totalmente conhecida, mas acredita-se-se que elas se devem a um contato com o alergeno alimentar, predisposição genética ou a um excesso de cuidados em relação à higiene pelos quais uma criança pode passar, já que tendo pouco contato com agentes infecciosos, o desenvolvimento do seu sistema imunológico pode ficar alterado.
Embora sejam mais comuns em bebês alimentados com leite de vaca, os sintomas de alergia podem se fazer presentes também em bebês amamentados ao seio.
Existem três áreas principais em que os sintomas se desenvolvem: trato gastrointestinal, vias respiratórias e vias cutâneas (pele).
As alergias mediadas pela IgE aparecem de segundos até duas horas após a ingestão do leite e são assim denominadas pois o organismo produz anticorpos específicos para as proteínas do leite de vaca. São reações mais persistentes e mais graves que as não mediadas pela IgE. Os sintomas gerados são urticárias (placas vermelhas disseminadas, associadas com coceiras), angioedema (inchaço dos lábios e/ou dos olhos), vômitos em jato e/ou diarreia após a ingestão do leite, anafilaxia, chiado no peito e respiração difícil.
As alergias não mediadas pela IgE levam a reações mais tardias, que podem aparecer horas ou dias após a ingestão do leite. Elas são mediadas por células que não produzem anticorpos IgE. Crianças com esse tipo de reação normalmente desenvolvem tolerância ao leite antes que as demais. Os principais sintomas das alergias não mediadas pela IgE são vômitos tardios, diarreia com a presença de muco e sangue, sangue nas fezes, cólicas, intestino preso, baixo ganho de peso e baixo crescimento, inflamação do intestino, assaduras e/ou fissuras perianais.
Nas formas mistas há uma associação das duas condições citadas anteriormente e pode surgir ainda dermatite atópica moderada ou grave, asma, refluxo gastroesofágico, inflamação do esôfago, inflamação do estômago, gastrite, diarreia, dor abdominal, baixo ganho de peso e baixo crescimento.
O diagnóstico médico pode não ser fácil e levar algum tempo para ser definido. O médico precisa ter como base a história clínica do paciente e os sinais e sintomas exibidos pela criança. Em alguns casos, podem ser pesquisados os anticorpos específicos, porém nas alergias não mediadas pela IgE não é possível fazer o diagnóstico a partir dos exames de sangue, uma vez que estes exames identificam apenas os anticorpos IgE.
A alergia alimentar é muito menos comum do que a intolerância alimentar e é a mais grave das duas condições. No entanto, alguns dos sintomas são muito semelhantes. Uma diferença é que a alergia envolve uma reação imune, enquanto a intolerância não envolve o sistema imunológico.
A alergia é causada pelo fato de que uma proteína do leite é reconhecida como uma substância estranha ao organismo e desencadeia uma reação do sistema imunológico ou é uma reação do sistema imune em que a mucosa gastrointestinal luta para paralisar os alergenos no intestino (alergia não mediada por uma resposta IgE).
Uma alergia grave pode surgir em reação a qualquer quantidade de proteína e pode ser fatal. Em alergias muito graves, a reação pode ocorrer simplesmente por estar perto do alergeno, tocar algo que esteve em contato com ele ou pela mera inalação do alergeno, inclusive no processo de cozimento dos alimentos. A alergia é muito mais comum em crianças, especialmente em bebês, e rara em adultos.
Os sintomas podem ser digestivos, cutâneos, respiratórios, reação anafilática, baixo ganho de peso e baixo crescimento. Podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou derivados, de forma persistente ou repetitiva.
A intolerância é mais comum em adultos e idosos do que em crianças. Também pode ser uma consequência, às vezes temporária, em casos de diarreia prolongada ou doenças inflamatórias intestinais. Os sintomas da intolerância são apenas intestinais.
O tratamento indicado para os casos de alergia às proteínas do leite de vaca (APLV) é a exclusão do leite de vaca e de seus derivados. Alguns alimentos são indicados para a substituição ao leite de vaca para garantir que a criança consuma os nutrientes presentes neste alimento. Um nutrólogo ou um nutricionista é indicado para orientar esta substituição.
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