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terça-feira, 26 de julho de 2016

Os problemas com sexo oral...


O sexo oral corresponde ao contato da boca de um dos parceiros com os genitais masculinos ou femininos do outro. O sexo oral em si não prejudica, nem é deletério para nenhum dos protagonistas, sendo uma fonte de prazer praticada por vários casais. Essa prática tanto pode ocorrer entre parceiros homossexuais masculinos ou femininos ou pares heterossexuais.

Chama-se felação quando o sexo oral é feito ao homem por uma mulher e cunilíngua se feito à mulher pelo homem. Nessa prática sexual há sempre um doador e um receptor e há a possibilidade de transmissão de doenças. Como os órgãos sexuais do doador apenas entram em contato com a saliva do receptor e ela, na maioria das vezes, não transmite vírus, o risco de contágio é baixo. A questão torna-se mais complexa pelo fato de que, no sexo oral os parceiros muitas vezes se alternam nos papéis de ativo e passivo.

As secreções genitais deglutidas não fazem mal à saúde. O sêmen, por exemplo, formado por espermatozoides, proteínas, frutose, vitaminas e sais minerais, mesmo se for engolido, não trará nenhum dano para o organismo, pois o estômago contém ácidos que destroem facilmente os vírus por ventura presentes. Em geral, as chances gerais de contrair doenças por meio do sexo oral são menores para ambos os parceiros que nas outras modalidades sexuais, mas não são nulas.

Basicamente, os perigos do sexo oral se resumem à possibilidade de transmissão de doenças. O contágio por herpes, a partir da boca, é a forma mais comum de transmissão. O vírus pode se transformar em genital se a boca contaminada entrar em contato com uma parte íntima do parceiro. Outras doenças podem ser transmitidas como hepatite C, giardíase, amebíase, gonorreia, AIDS, sífilis e candidíase.

O vírus da AIDS entra no corpo também pelas mucosas e membranas. Assim como os bebês podem ser infectados pelo vírus HIV através do leite materno, uma pessoa pode ser infectada pela exposição oral a ele, como pode acontecer por meio do sêmen ou de outras secreções penianas ou vaginais depositadas na boca.

O risco da transmissão de doenças, incluindo a AIDS, é maior se um dos parceiros tem uma doença sexualmente transmissível, como gonorreia ou sífilis ou se o seu parceiro tem cortes abertos, úlceras, machucados na boca, garganta infeccionada, amigdalite ou alguma doença na gengiva, oferecendo uma porta de entrada mais fácil para o vírus.

O risco é significativamente maior para o receptor que para o doador dessas substâncias patógenas. Essa forma de transmissão da AIDS, no entanto, é rara, representando um risco infinitamente menor do que numa penetração vaginal ou anal.

O único modo de evitar os perigos representados pelo sexo oral é usar preservativos, mas, em geral, esse recurso é muito mal aceito nesse tipo de prática sexual. Não se deve fazer sexo oral quando se percebe alguma lesão nos genitais do parceiro. Deve-se evitar escovar os dentes logo depois do sexo oral, para não traumatizar ou ferir as gengivas, criando portas de entrada facilitadas para microrganismos. Evite que as secreções sexuais possam atingir os olhos, que também funcionam como vias de entrada.

A terapia anti-HIV não reduz o potencial de infecção do sêmen e não evita a infecção em relações sexuais desprotegidas. Não se deve também praticar sexo oral após sexo vaginal ou anal pela possibilidade de carrear para a cavidade oral os germes próprios daqueles outros locais.

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