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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Astrocitoma


Existem diversos tipos de tumores no cérebro, cada um originário de um determinado tipo de célula nervosa. Os astrocitomas são tumores primários do cérebro, benignos ou malignos, originados de um astrócito, uma célula em forma de estrela que serve de sustentação para os neurônios.

Ainda não existe uma definição quanto às causas do câncer no cérebro. Sabe-se, apenas, que ele é mais comum acima dos 65 anos de idade, no sexo masculino e em pacientes com baixa imunidade. Existe também uma relação nítida entre tumores cerebrais e radioterapia feita na juventude. Há também uma influência genética para o surgimento do câncer cerebral.

Há doenças relacionadas a esse tipo de tumor, tais como (1) a neurofibromatose, que é constituída por uma série de nódulos na pele acompanhados de manchas cor de café com leite, que podem crescer de forma desenfreada, causando deformações no paciente e (2) a síndrome von Hippel Lindau, doença rara, caracterizada pelo crescimento anormal de tumores em partes do corpo irrigadas por sangue, como rins e pâncreas, por exemplo. Os sinais e sintomas do astrocitoma dependem da área afetada pelo tumor, no entanto, os episódios de convulsão e dor de cabeça são comuns, assim como a todos os outros tipos de câncer cerebral. A dor de cabeça é um sintoma muito pouco específico e pode indicar diversas outras condições. Dependendo da área afetada os sintomas podem ser alterações visuais e auditivas, agitação motora, fraqueza ou rigidez muscular, perda de sensibilidade em qualquer parte do corpo, falta de coordenação, dificuldade para falar ou compreender o que é dito, esquecimento das palavras, problemas com a leitura e a escrita e movimentos involuntários. Os tumores localizados na região do cerebelo podem bloquear a circulação do líquor, um líquido que circula pela medula espinhal e pelo cérebro, causando hidrocefalia.

Os primeiros passos para o diagnóstico de um tumor cerebral são a história clínica e o exame neurológico. A partir da suspeita, o diagnóstico de câncer no cérebro é feito por meio de exames de imagens, como radiografias, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Além disso, deve-se fazer uma punção lombar para análise do líquor. Para identificar o tipo e o grau do tumor, é feita uma análise anatomopatológica de tecido retirado por uma biópsia, se ela for exequível. Para avaliar a necessidade ou conveniência da cirurgia é necessário avaliar o risco a que o paciente será submetido. Pacientes com comorbidades como diabetes e doenças cardiovasculares e aqueles que cultivam hábitos como fumar ou beber, possuem um risco maior de morrer.

Dependo da sua natureza e do estágio evolutivo, o tratamento do astrocitoma engloba cirurgia para retirada do tumor, seguida de radioterapia e quimioterapia.

O câncer cerebral não possui cura completa e ele deve ser acompanhado durante toda a vida do paciente. Quanto maior o grau do tumor, maiores as chances dele recidivar.

A radioterapia é bem localizada na área do tumor, mas ainda assim possui uma margem de até um milímetro para além do câncer, podendo afetar células saudáveis. Se a radioterapia for aplicada em todo o crânio, pode, com o passar do tempo, causar demência. Se forem afetadas apenas algumas células pontuais, podem se apresentar problemas relacionados à parte do corpo comandada por aquela área do cérebro, como a fala, a visão ou os movimentos. A quimioterapia, por sua vez, é um processo que não afeta somente as células cancerosas, podendo afetar também as células saudáveis.

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