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quinta-feira, 10 de março de 2016

Dor de dente - alveolite


Como o próprio nome indica, alveolite é uma inflamação do alvéolo, que é a parte do osso mandibular ou maxilar onde se aloja o dente.

A alveolite é uma das complicações mais comuns após uma extração de dente. Há dois tipos de alveolite: a seca (sem pus) e a purulenta (com pus).

A alveolite seca ocorre quando a extração do dente resulta em fratura e o alvéolo fica “seco”, isto é, sem secreção.

Já o tipo purulento quase sempre acontece posteriormente à alveolite seca, devido à infecção do alvéolo, com produção de secreção purulenta.

A alveolite seca pode acontecer por falta de ponto cirúrgico, após a extração do dente, propiciando a perda do coágulo sanguíneo mais facilmente, por bochecho feito pelo paciente nas primeiras 24 horas após a extração do dente, fazendo com que se remova a proteção natural do alvéolo representada pelo coágulo do sangue ou por dentes fraturados durante a extração.

A alveolite purulenta pode ser ocasionada quando o alvéolo for manipulado com instrumentos não devidamente esterilizados.

Alguns fatores favorecem a ocorrência da alveolite: suprimento sanguíneo insuficiente do alvéolo, infecção prévia à extração, traumatismo do osso alveolar, tabagismo, aumento da atividade fibrinolítica e utilização de contraceptivos.

Após a extração de um dente permanente, forma-se um coágulo sanguíneo no local de onde o dente foi removido, o qual é vital para proteger as terminações ósseas e neurais na cavidade esvaziada pela retirada do dente.

A alveolite ocorre durante o processo do reparo alveolar, quando acontece uma degradação precoce desse coágulo, quando ele se desloca, se dissolve ou não é formado completamente. Isso deixa os nervos e ossos expostos e prontos para uma infecção.

Esse quadro causa dor intensa na boca e na face. Às vezes, um coágulo sanguíneo deslocado resulta de traumatismo ou força exercida sobre o alvéolo vazio.

Infelizmente, não é fácil apontar o que causa esse deslocamento ou a falha inicial em sua formação completa.

A alveolite seca dói muito porque as terminações nervosas do alvéolo ficam expostas.

A simples passagem do ar aspirado já é suficiente para causar muita dor. Na alveolite seca, o alvéolo apresenta-se vazio devido à falta do coágulo sanguíneo que deveria tamponar o local.

A alveolite purulenta, além desses sintomas, deixa um mau odor muito forte devido à presença do pus. Podem ocorrer também os sinais e sintomas usuais de infecção: inchaço, vermelhidão e dor.

O quadro pode ser diagnosticado por uma inspeção local e pela história de uma extração dentária prévia.

De um modo geral, ela não apresenta manifestação radiográfica, mas em alguns casos podem se verificar áreas de sequestros ósseos na região do alvéolo comprometido.

Na alveolite seca, o paciente deve usar um analgésico, respeitando as características de cada pessoa e suas limitações medicamentosas.

Existem alguns produtos de uso local que têm um efeito antálgico (pasta medicamentosa).

Pode também ser feita anestesia local por bloqueio nervoso e irrigação do alvéolo abundantemente com soro fisiológico.

Na alveolite purulenta, é preciso a utilização de uma cureta para a remoção dos restos necróticos, além de antibióticos e bochechos com medicamentos que contenham malva, para acelerar a recuperação e diminuir o mau odor ocasionado pela fermentação de detritos e a presença de pus.

Nem sempre a dor da alveolite purulenta responde bem aos analgésicos.

O profissional deve observar rigorosamente a higiene nos procedimentos cirúrgicos e proceder às manobras corretas de manipulação de extração do dente, além de fazer uso de recursos para isolar o interior do alvéolo do meio bucal, impedindo a entrada de detritos alimentares e a consequente fermentação. O paciente deve seguir estritamente o que for recomendado pelo dentista.

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