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quinta-feira, 31 de março de 2016

Amnésia global transitória


Amnésia global transitória é um episódio súbito, temporário, de perda de memória e de orientação temporal e/ou espacial, que não pode ser atribuído a condições neurológicas comuns, tais como epilepsia ou acidente vascular cerebral. É identificada pelo seu sintoma principal, que é a incapacidade de formar novas memórias e recordar o passado recente.

A causa ou causas integrais da amnésia global transitória permanecem desconhecidas. Parece haver alguma correlação com a enxaqueca, embora os fatores subjacentes que contribuem para ambas as condições ainda não sejam totalmente compreendidos. Alguns eventos que podem causar amnésia global transitória incluem: súbita imersão em água fria ou quente, atividade física extenuante, relação sexual, procedimentos médicos, tais como a angiografia ou endoscopia, traumatismo craniano leve e angústia emocional aguda. Os fatores de risco mais claros são a idade acima de 50 anos e história prévia de enxaqueca.

A amnésia global transitória se caracteriza pelos seguintes sinais e sintomas: início súbito, manutenção da identidade pessoal, apesar da perda de memória (a pessoa continua sabendo quem é), cognição normal, tais como a capacidade de reconhecer e nomear objetos familiares e seguir instruções simples, ausência de sinais indicando danos a uma área específica do cérebro, como paralisia dos membros, movimentos involuntários ou fala prejudicada, por exemplo.

Os sintomas adicionais e a história são de duração menor do que 24 horas, com retorno gradual da memória, ausência de convulsões e/ou de epilepsia ativa. Durante um episódio de amnésia global transitória a recordação de eventos recentes simplesmente desaparece e o paciente não se lembra de onde está ou como chegou lá. Repete as mesmas perguntas porque não se lembra das respostas que acabaram de ser dadas. O paciente não consegue reconhecer as pessoas que conhece bem. Felizmente, a amnésia global transitória é rara, aparentemente inofensiva e é improvável que se repita novamente.

O diagnóstico de amnésia global transitória implica em excluir condições mais graves que podem causar o mesmo tipo de perda de memória. Esse processo deve começar com um exame neurológico. O médico também pode fazer perguntas para testar o pensamento, julgamento e memória do paciente.

Os exames de imagens podem demonstrar alterações estruturais no cérebro, incluindo vasos sanguíneos, e compreendem a ressonância magnética, o eletroencefalograma e a tomografia computadorizada. No momento em que o problema está ocorrendo não há tratamento específico e deve-se apenas resguardar e tranquilizar o paciente para que não faça nada “errado”. Após a análise dos exames complementares, a terapia é direcionada conforme a possível causa, se esta foi de alguma forma identificada.

Nenhum tratamento é necessário ou mesmo viável para a amnésia global transitória. Ela se resolve por conta própria, sem efeitos posteriores. Se alguma doença subjacente for identificada, ela deve ser tratada.

Se o episódio de amnésia global transitória seguiu-se a uma atividade particular como, por exemplo, um exercício extenuante ou um mergulho em um lago frio, essas atividades devem ser evitadas.

A amnésia global transitória não tem complicações diretas importantes, mas pode causar sofrimento emocional ao paciente. Mas um sintoma tão dramático como a perda de memória pode indicar uma doença grave subjacente, o que gera grande preocupação. Em geral, ela gera o medo de um tumor ou de um acidente vascular cerebral.

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