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sábado, 6 de fevereiro de 2016
Hipotensão ortostática
A hipotensão ortostática, também chamada hipotensão postural, é uma forma de pressão arterial baixa que acontece quando a pessoa se põe de pé a partir da posição sentada ou deitada. Em geral, a hipotensão ortostática dura de apenas alguns segundos a poucos minutos. Se for de mais longa duração, ela pode ser um sinal de problemas mais graves.
A hipotensão ortostática pode ser devido a diversos fatores:
1.Caso o organismo se encontre desidratado, como em casos de febre, vômitos, pouca ingestão de líquidos, diarreia grave e exercício extenuante com transpiração excessiva.
2.Caso haja alguns problemas cardíacos que podem levar à diminuição da pressão arterial, como baixa frequência cardíaca, problemas valvulares ou infarto do miocárdio.
3.Caso haja outros motivos de enfraquecimento cardíaco e insuficiência cardíaca, podendo causar hipotensão ortostática ao evitar que o organismo responda de forma rápida para bombear mais sangue, quando necessário.
4.Caso haja condições da tireoide, insuficiência adrenal ou baixa de açúcar no sangue. Em alguns casos o diabetes também pode provocar hipotensão ortostática.
5.Caso haja algum distúrbio do sistema nervoso que possa alterar o sistema de regulação de pressão arterial normal do corpo, provocando pressão baixa.
6.Algumas pessoas idosas experimentam pressão arterial baixa após as refeições, devido ao sequestro de sangue para as vísceras digestivas.
7.Em uma idade avançada, o efeito colateral de certos medicamentos, algumas doenças cardíacas, a exposição ao calor e o ficar na cama por um longo período de tempo aumentam o risco de hipotensão ortostática.
8.A gravidez e o uso de álcool também podem colaborar para a hipotensão ortostática.
Quando a pessoa se levanta, a gravidade faz com que o sangue se acumule nas pernas e isso diminui a pressão arterial, porque há menos sangue de volta para o coração. Então, certas células especiais próximas ao coração e artérias do pescoço enviam sinais para os centros cerebrais que comandam os batimentos cardíacos e fazem o coração bater mais rápido e bombear mais sangue, o que tende a estabilizar novamente a pressão arterial. Além disso, estas células fazem os vasos sanguíneos se contraírem, o que aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo e faz a pressão sanguínea aumentar. A hipotensão ortostática ou postural ocorre quando algo interrompe o processo natural do corpo de compensar a pressão arterial baixa.
A hipotensão ortostática pode fazer a pessoa sentir tonturas ou vertigens e até mesmo desmaiar. Esses sintomas são mais comuns quando a pessoa se levanta a partir de uma posição sentada ou deitada e geralmente duram apenas alguns segundos. Os principais sinais e sintomas da hipotensão ortostática, além das vertigens após levantar-se, são visão embaçada, fraqueza, desmaio (síncope), confusão mental e náuseas. Tonturas ou vertigens ocasionais podem ser o resultado de desidratação leve, baixa de açúcar no sangue, ficar demasiado tempo exposto ao sol ou numa banheira de água quente, por exemplo. Ou podem acontecer em uma pessoa que fica assentada por um longo tempo, como após uma palestra, concerto ou eventos em igrejas.
O objetivo maior na avaliação diagnóstica da hipotensão ortostática deve ser conhecer a causa subjacente. No entanto, nem sempre essa causa é encontrada. O médico deve ouvir o relato do paciente, rever o seu histórico médico, avaliar seus sintomas, realizar um exame físico e medir a pressão arterial do paciente quando deitado, sentado e de pé e comparar as medições entre si. Ademais, os exames de sangue podem fornecer informações sobre a saúde geral do paciente, a taxa de açúcar no sangue e o número de glóbulos vermelhos avaliando uma possível anemia.
O eletrocardiograma pode detectar irregularidades do ritmo cardíaco. Às vezes, pode ser pedido ao paciente que use um monitor Holter, o qual registra a atividade elétrica do coração e a pressão arterial durante as 24 horas do dia. Além disso, é possível que o médico peça um ecocardiograma e um teste de esforço. O teste de inclinação avaliará como o paciente reage a mudanças na posição. A manobra de Valsalva verifica o funcionamento do sistema nervoso autônomo através da análise da frequência cardíaca e da pressão arterial após uma série de respirações profundas.
A hipotensão ortostática episódica e leve muitas vezes não requer tratamento. O tratamento para os casos mais severos depende da causa da hipotensão ortostática e implica em tratar essa condição subjacente. Na hipotensão ortostática leve o paciente deve sentar-se ou deitar-se ao sentir tonturas. Quando a pressão arterial baixa é causada por medicamentos, eles devem ter suas doses ajustadas ou serem mesmo interrompidos.
O tratamento da hipotensão ortostática deve incluir também mudanças do estilo de vida (beber bastante líquidos, pouco ou nenhum álcool, evitar esforços físicos durante o tempo quente, fazer exercícios para fortalecer os músculos das pernas, etc.). Meias de compressão podem ajudar a reduzir o acúmulo de sangue nas pernas e, com isso, contribuir para evitar a hipotensão. Vários medicamentos podem ser utilizados para o tratamento da hipotensão ortostática, mas são de resultado pouco consistente.
Há muitos meios simples que ajudam a prevenir a hipotensão ortostática:
•Usar mais sal na dieta.
•Comer pequenas refeições, mais frequentemente.
•Beber líquidos em abundância.
•Exercitar os músculos da panturrilha antes de sentar-se.
•Evitar dobrar a cintura ao se agachar.
•Usar meias de compressão elástica.
•Levantar-se lentamente.
•Elevar a cabeceira da cama.
•Movimentar as pernas quando de pé.
Enquanto em sua maioria as formas leves de hipotensão ortostática podem representar apenas um incômodo, as complicações graves são possíveis, especialmente em idosos. Estas complicações incluem quedas, infarto ou acidente vascular cerebral. A hipotensão ortostática também representa um fator de risco para as pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares, como dor no peito, insuficiência cardíaca ou problemas do ritmo cardíaco.
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