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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Rinite Alérgica
Alérgeno é qualquer partícula que tenha capacidade de desencadear uma reação alérgica, que nada mais é do que uma reação do sistema imune a agentes estranhos. Os alérgenos podem entrar em contato com nosso corpo por:
1. inalação, como pólen, fumaça, produtos químicos, poeira, etc.
2. ingestão, como comidas, remédios e suplementos.
3. contato com a pele, como substâncias químicas, perfumes, cremes, látex, plantas, etc.
4. inoculação na pele, como picadas de insetos.
O que causa a reação alérgica não é a ação direta e ativa do alérgeno, mas sim a resposta exagerada do organismo ao contato com o mesmo.
Isto explica por que algumas pessoas têm alergia a determinadas partículas e outras não.
O pólen, por exemplo, pode ser alérgeno para alguns e inócuo para outros.
Rinite é a inflamação das mucosas da cavidade nasal, causada geralmente por uma infecção viral ou por uma reação alérgica. Neste texto vamos nos ater à rinite alérgica.
A rinite alérgica surge quando uma pessoa alérgica inala alguma partícula que estimula o seu sistema imune. Quando criança, nós entramos em contato com diversos potenciais alérgenos sem que tenhamos maiores problemas.
As pessoas alérgicas são aquelas que ao entrar em contato com determinadas partículas passam a produzir anticorpos contra elas, como se fossem agentes invasores danosos, tipo vírus, bactérias, etc.
Vamos usar o pólen como exemplo. Pessoas alérgicas ao pólen são aquelas que ao entrar contato com este alérgeno pela primeira vez produzem em grande quantidade um anticorpo chamado IgE.
A partir deste momento, a mucosa nasal começa a ficar povoada com uma célula do sistema imune chamada mastócito, que possui vários anticorpos IgE em sua superfície. É como se o corpo pensasse que o pólen era um assaltante e passasse a encher a cavidade nasal de seguranças (mastócitos) altamente armados (IgE).
Assim que esta pessoa entra novamente em contato com o pólen, os anticorpos IgE rapidamente o capturam, ativando os mastócitos que liberam vários mediadores químicos para destruir o invasor, sendo o mais importante a histamina, responsável pelos principais sintomas da rinite, que serão explicados mais à frente.
Os sintomas alérgicos da rinite alérgica são, portanto, um efeito colateral da guerra química que o sistema imune trava contra algumas partículas. O pólen em si não causa nenhum mal, mas o sistema imune do alérgico não pensa assim.
FATORES DE RISCO PARA RINITE ALÉRGICA
Como a rinite alérgica é nada mais do que uma reação alérgica da cavidade nasal, pessoas com outras doenças de origem alérgica, como asma, eczema, conjuntivite alérgica, urticária, etc. apresentam um maior risco de também terem rinite de origem alérgica.
Outros fatores de risco para rinite alérgica incluem:
– Ser do sexo masculino.
– História familiar de alergias.
– Nascimento durante a época do pólen.
– Bebês que pararam o aleitamento materno precocemente.
– Exposição frequente à fumaça de cigarro no primeiro ano.
– Exposição precoce a antibióticos.
– Viver ou trabalhar em ambientes ricos em potenciais alérgenos.
Pessoas não alérgicas são aquelas que entram em contato com o pólen, por exemplo, e corretamente não desenvolvem IgE específicas contra ele. Em outras palavras, o corpo reconhece o pólen como partícula estranha, mas não o vê como uma ameaça e não produz anticorpos contra o mesmo.
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