Pesquisar este blog

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Deficiência de vitamina D: o que ela acarreta para o organismo




Conhecida como a vitamina do sol, a vitamina D é produzida pelo corpo em resposta à exposição da pele à luz solar. Ela também ocorre naturalmente em alguns alimentos, como alguns peixes, óleos de fígado de peixe, gemas de ovos, produtos lácteos e cereais fortificados. Não há dúvida de que a vitamina D desempenha um papel vital na saúde e no bem-estar das pessoas e deve-se agir de modo a garantir seus níveis normais.

Em geral, a maioria dos especialistas acha que o nível sanguíneo da vitamina D deva ficar em 30 a 40 ng/mL. Se a pessoa evitar o sol, sofrer de alergias ao leite ou adotar uma dieta vegetariana estrita, poderá ter níveis mais baixos e estar em risco de deficiência da vitamina D.

Como a atuação da vitamina D depende da luz solar, a exposição ao sol é essencial. Por isso, as pessoas que vivem em regiões setentrionais, usam vestes longas ou coberturas na cabeça ou têm uma ocupação que evita a exposição ao sol estão em maiores riscos de sofrerem as consequências da deficiência de vitamina D.

Outra causa pode ser uma dieta vegetariana estrita, em que a pessoa deixa de consumir os níveis recomendados de vitamina D, ao longo do tempo, já que a maioria das fontes naturais é de origem animal. Na pessoa de pele escura, o pigmento de melanina reduz a capacidade de produzir vitamina D em resposta à exposição à luz solar. Por isso, os idosos de pele escura têm um risco mais alto de deficiência dessa vitamina.

Pessoas que tenham má absorção de gordura (por exemplo, a doença de Crohn, doença celíaca, etc.) e as pessoas que fizeram cirurgia bariátrica são frequentemente incapazes de absorver o suficiente da vitamina D, que é solúvel em gordura. Alguns medicamentos podem aumentar a degradação de vitamina D e levar a níveis baixos. As pessoas com doença renal crônica, hiperparatireoidismo, desordens crônicas de formação de granuloma e alguns linfomas também podem ter uma perda de vitamina D. As pessoas com mais de 70 anos têm diminuída a sua capacidade de sintetizar vitamina D a partir da exposição ao sol, mas embora isto possa causar algum impacto, não causa mais deficiência que os outros fatores de risco.

A vitamina D promove a absorção de cálcio no intestino, mantém os níveis de cálcio no sangue para permitir a mineralização normal do osso e previne que os níveis sanguíneos de cálcio fiquem anormalmente baixos, o que pode levar à tetania, entre outras consequências. Ela também é essencial para a síntese do tecido ósseo, porque ajuda o organismo a usar o cálcio da dieta. Por isso, ela é especialmente importante no período de crescimento e, nas mulheres, no período da menopausa, em que o risco de osteoporose está aumentado.

Tradicionalmente, a deficiência de vitamina D tem sido associada ao raquitismo nas crianças e osteomalácia (enfraquecimento dos ossos) nos adultos, mas cada vez mais tem-se revelado a importância dela na proteção contra uma série de problemas de saúde. A vitamina D parece desempenhar um papel importante na prevenção e tratamento de várias condições médicas, incluindo a diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2, hipertensão arterial, intolerância à glicose e esclerose múltipla.

Para muitas pessoas, os sintomas são sutis e às vezes passam despercebidos. No entanto, mesmo sintomas leves podem representar riscos importantes para a saúde. Os sintomas mais comuns são dor óssea e fraqueza muscular. Os baixos níveis sanguíneos de vitamina podem causar, além de doenças ósseas, doenças metabólicas, cardiovasculares e autoimunes, câncer, infecções e desordens cognitivas, além de prejuízo cognitivo em idosos e asma grave em crianças.

A deficiência de vitamina pode ser constatada em um exame de sangue simples, que deve ser pedido quando houver situações de risco, mesmo na ausência de sintomas. Comparando os resultados obtidos com os valores de referência, o médico pode diagnosticar a deficiência, se houver.

A vitamina D deve ser suplementada através de correções na dieta e/ou de medicações. Existem dois tipos de vitamina D: D2 e D3. A vitamina D3 é a que melhor corrige os níveis sanguíneos baixos de vitamina D e por isso deve ser a preferida. A quantidade em que ela deve ser tomada depende da gravidade da deficiência. Nos meses de pouco sol devem ser usadas quantidades um pouco maiores do que nos demais meses. Os suplementos de vitamina D devem ser tomados com uma refeição que contenha gordura, porque a vitamina D é lipossolúvel.

A ingestão excessiva de vitamina D, na tentativa de corrigir a deficiência, pode levar a níveis elevados de cálcio no sangue (hipercalcemia), fraqueza, confusão mental, constipação, perda de apetite e desenvolvimento de depósitos dolorosos de cálcio.

Nenhum comentário: