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sábado, 23 de maio de 2015

Zika Vírus


O zika vírus foi primeiramente identificado em um macaco, em Uganda.

Até 1947 ele era desconhecido e não havia casos relatados de infecção nos seres humanos.

A primeira descrição dele em humanos ocorreu em 1954, na Nigéria.

No Brasil, ele entrou em 2014, provavelmente trazido por turistas que vieram acompanhar a Copa do Mundo de Futebol.

O zika vírus é responsável pela chamada febre zika, típica do verão de países de clima tropical.

No Brasil, o vírus encontrou no mosquito Aedes aegypti um transmissor adequado, o mesmo que transmite a dengue, a febre amarela e a febre chikungunya.

O zika vírus é transmitido por mosquitos da família Aedes (dos quais o Aedes aegypti é o que existe mais abundantemente no Brasil) e pode causar doença em seres humanos e macacos.

O Aedes albopictus, outra espécie existente no Brasil, é também um provável vetor da febre zika.

O Aedes aegypti infecta-se com o zika vírus toda vez que ele pica uma pessoa ou um macaco previamente infectado e passa assim a ser um potencial transmissor da doença.

A febre zika, como a dengue, é típica do verão e tende a desaparecer ou diminuir muito nos meses frios.

Os sintomas ocasionados pelo Zika vírus são semelhantes aos da dengue, embora menos graves: febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, diarreia e enjoos.

Pode ainda haver coceira e erupção cutânea, conjuntivite e fotofobia.

Geralmente o paciente leva de três a doze dias depois da picada do mosquito infectado para começar a apresentar manifestações clínicas, mas nem todas as pessoas picadas irão desenvolver sintomas da febre zika.

Menos comumente podem ocorrer dor abdominal, prisão de ventre, aftas, tontura ou perda do apetite.

A febre zika é uma infecção benigna, que costuma durar de dois a sete dias e não provoca complicações hemorrágicas como a dengue.

O diagnóstico da febre ocasionada pelo zika vírus deve ser suspeitado pelos sintomas, mas só pode ser confirmado por testes laboratoriais.

Um diagnóstico diferencial clínico entre a febre ocasionada pelo zika vírus e a febre Chikungunya é muito difícil, porque os sintomas são praticamente os mesmos.

Para tal, são necessários exames laboratoriais.

Como a febre zika é de curta duração, o diagnóstico laboratorial só sai quando a doença já se desvaneceu e acaba servindo muito mais para controle epidemiológico do que para auxílio no tratamento.

Não há medicações para combater o vírus, nem vacina contra a febre zika, mas a doença é autolimitada e se cura espontaneamente em poucos dias.

O tratamento visa apenas aliviar sintomas e oferecer suporte aos pacientes e consta de repouso, hidratação, administração de analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos, desde que não contenham ácido acetilsalicílico, em virtude da possibilidade da doença ser confundida com a dengue.

A febre zika não é contagiosa, não sendo necessário impedir que o paciente tenha contato com outras pessoas.

A melhor maneira de prevenir-se contra este vírus é combater os focos do mosquito Aedes aegypti, principalmente eliminando ou protegendo os recipientes de água limpa parada.

A febre produzida pelo zika vírus não costuma provocar as complicações hemorrágicas comuns da dengue.

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