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sexta-feira, 8 de maio de 2015
Ultrassom na gestação
Em medicina, o ultrassom, também chamado de ultrassonografia ou ecografia, é um exame que usa ondas de som de alta frequência, superior àquela que nós somos capazes de ouvir, para criar uma imagem da região interior do corpo para onde elas sejam dirigidas. Uma fonte especializada emite ondas sonoras cujos ecos são captados por um receptor apropriado.
Como esses ecos são diferenciados segundo a densidade do tecido que encontram no seu trajeto, eles podem formar imagens dos órgãos internos. O exame é simples e indolor e pode ser feito em ambulatório ou no próprio consultório. O médico aplica um gel sobre a pele, na região a ser examinada e depois apenas desliza um aparelhinho emissor das ondas sonoras sobre o gel e estuda num monitor as imagens produzidas.
Nas grávidas, quando dirigido para o útero, o ultrassom produz imagens muito nítidas do bebê, da placenta, do próprio útero e de outros órgãos. O computador traduz os ecos que são recebidos de volta em imagens de vídeo, que revelam então o formato do bebê, sua posição e seus movimentos.
Assim, o médico pode ter acesso a informações sobre o progresso da gravidez e sobre a saúde e conformação do bebê, inclusive seu sexo. Vários estudos demonstram que a ultrassonografia não é prejudicial para o bebê e não envolve radiação, como é o caso dos raios X. Contudo, não se deve exagerar nesse tipo de exame, já que ultrassons são uma forma de energia e pode ser que afetem o bebê, mesmo que ainda não se saiba como. O cuidado deve ser maior principalmente no primeiro trimestre, quando o bebê é mais vulnerável à influência de fatores externos.
É razoável fazer-se pelo menos três ultrassonografias durante a gravidez. A primeira por volta da 13ª semana, outra por volta da 20ª semana e uma terceira entre a 34ª e 37ª semanas de gestação. Porém não há regra sobre o número total de ultrassons e numa gravidez complicada esse número pode ser bem maior. Cada uma dessas ultrassonografias visa avaliar um aspecto particular da gestação, mas se houver suspeita de anormalidades, elas podem visar objetivos particulares. Assim, se houver suspeita de gestação ectópica, por exemplo, o exame pode ser feito bem no comecinho da gravidez, para comprovar ou descartar essa possibilidade.
Geralmente, o ultrassom do primeiro trimestre de gravidez visa principalmente descartar um aborto espontâneo ou uma gravidez ectópica, determinar a idade gestacional correta e verificar se há um só ou mais bebês. Nesse primeiro ultrassom já é possível ver os batimentos cardíacos do bebê e isso fornece 97% de probabilidade de que a gravidez será normal.
No segundo trimestre já é possível estudar os aspectos morfológicos do bebê, inclusive seu sexo. Nessa ultrassonografia, mais detalhada, o médico vai verificar o coração, a formação do cérebro, os órgãos digestivos e outros sistemas e avaliar se o crescimento do bebê está dentro da média esperada.
Na ultrassonografia do terceiro trimestre, o médico avalia se o crescimento do bebê foi normal e determina a posição do bebê e da placenta. Se o ultrassom acusar eventuais problemas, alguns deles podem ser tratados ainda no útero, como problemas cardíacos ou urinários por exemplo. Saber com antecedência de eventuais problemas, ajuda os médicos a terem tudo organizado para dar o melhor atendimento ao bebê logo depois que ele nascer. Uma ultrassonografia 3D e 4D (3 ou 4 dimensões), por volta da 32ª semana de gestação, permite aos pais conhecerem mais detalhes do rostinho do bebê.
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