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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Uma visão geral do HIV (AIDS)


O HIV (Human Immunodeficiency Virus) é um vírus que infecta exclusivamente os seres humanos e ataca e enfraquece seu sistema imunológico, causando uma imunodeficiência que possibilita o surgimento de outras infecções oportunistas e de doenças autoimunes.

Em certos aspectos o HIV é semelhante a outros vírus mais comuns, como o da influenza, por exemplo, mas há importantes diferenças.

O sistema imunológico humano consegue eliminar do organismo a maioria dos vírus, mas isso não acontece com o HIV e uma vez que a pessoa o contraia será portador dele pelo resto da vida.

O HIV está presente em quase todos os fluidos corporais, tanto na forma de partículas livres como no interior de células imunitárias infectadas.

A transmissão acontece sempre que o vírus é introduzido no organismo do receptor. As principais vias de transmissão do vírus são o contato sexual, a transmissão sanguínea, o compartilhamento de seringas, a transmissão da mãe para filho (transmissão vertical), a transmissão ocupacional e, ainda, outras formas de compartilhamentos de fluidos.

A forma de transmissão mais comum é a sexual, especialmente a relação anal receptiva e a relação sexual durante a menstruação ou na vigência de ulcerações genitais.

A transmissão sanguínea pode acontecer pela transfusão de sangue ou pelo uso de hemoderivados contaminados.

Aquelas transmissões associadas ao compartilhamento de seringas é um meio muito comum entre os usuários de drogas injetáveis.

No que diz respeito à transmissão vertical, a transmissão pode dar-se durante a gestação ou o parto.

A transmissão pelo leite materno pode ser evitada com o uso de leite artificial ou de leite humano de uma doadora.

A transmissão ocupacional ocorre quando profissionais da área da saúde ou outras se ferem com seus instrumentos de trabalho contaminados com sangue de portadores do HIV.

Além dessas formas, a transmissão também pode se dar através de fluidos corporais, como saliva, urina, lágrimas, sêmen, secreções genitais e leite materno

O HIV invade vários tipos de células do sistema imune que são essenciais para combater as infecções.

No interior delas faz cópias de si mesmo e destrói as células.

Quando elas descem abaixo do limiar aceitável, o corpo perde a imunidade e torna-se progressivamente mais suscetível a infecções oportunistas.

A mais conhecida e grave consequência da infecção pelo HIV é a AIDS (acquired immunodeficiency syndrome), embora possa haver também outros resultados.

Nem todo mundo que contrai o HIV necessariamente terá AIDS.

Com o tratamento antiviral adequado é possível manter baixos os níveis do vírus no organismo.

Mas a medicação deve ser tomada diariamente, pelo resto da vida, sem a qual o vírus pode se multiplicar em grande quantidade.

A medicação pode manter sob controle a viremia, propiciando uma sobrevida mais longa e praticamente normal, reduzindo ainda o risco de transmissão do vírus.

Não existe ainda nenhum recurso que permita a cura da infecção e eliminação radical do vírus, mas muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas nesse sentido.

Assim que uma pessoa adquire o HIV o sistema imunológico reage na tentativa de eliminar o vírus e cerca de 15 a 60 dias depois, pode surgir um conjunto de sinais e sintomas semelhantes ao estado gripal.

A infecção aguda pelo HIV é uma síndrome inespecífica, semelhante à infecção por outros agentes virais.

Os sintomas mais comuns da infecção aguda são febre persistente, fadiga, erupção cutânea, perda rápida de peso, diarreia, dores musculares, dores de cabeça, tosse seca, lesões arroxeadas ou esbranquiçadas na pele ou na boca.

Em geral esta fase é autolimitada e não deixa sequelas. Por ser muito semelhante a outras viroses, nem sempre o médico e o próprio paciente suspeitam do HIV, a não ser que o paciente relate ocorrência de sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas, por exemplo.

Quando a imunidade se acha muito baixa, podem aparecer doenças oportunistas, entre as quais as mais comuns são: tuberculose, neurotoxicoplasmose, candidíase, pneumocistose, sarcoma de Kaposi, linfomas, câncer de colo do útero e infecções bacterianas severas.

No entanto, vale lembrar que essas doenças podem estar presentes mesmo sem o vírus do HIV.

A única maneira de saber com certeza se uma pessoa está contaminada pelo HIV é submeter-se a um dos vários testes existentes, como o ELISA, a imunofluorescência e o exame com ácido nucleico.

No entanto, existem exames mais modernos, mais simples, de extrema precisão, em que um único exame apresenta resultados corretos em mais de 99% dos casos.

Ao contrário de outros vírus, a infecção pelo HIV não proporciona imunidade.

O tratamento atual da infecção pelo HIV compreende um coquetel de medicações que deve ser tomado continuadamente pelo resto da vida e no qual cada substância tem uma função específica no combate ao vírus

O uso de medicamentos antivirais retorna a imunidade a níveis saudáveis, prevenindo as infecções oportunistas.

A única maneira de prevenir a infecção pelo HIV é evitar a exposição ao vírus: uso de camisinha nas relações sexuais, não compartilhar seringas, tratar com antivirais as mães contaminadas, evitar o aleitamento materno, etc. Atualmente não existe vacina contra esse vírus.

Os pacientes contaminados pelo HIV poderão ficar assintomáticos por um período de três a vinte anos e alguns nunca desenvolverão AIDS.

A velocidade de progressão da doença está relacionada com a queda da contagem de linfócitos no sangue e com a contagem da carga viral do HIV no sangue.

A progressão da infecção é mais rápida e menos previsível em crianças do que em adultos.

As complicações mais importantes da infecção pelo HIV são as infecções oportunistas.

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