Pesquisar este blog
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Hepatite fulminante
A hepatite fulminante, também conhecida como hepatite aguda grave ou falência hiperaguda do fígado, é a condição de maior gravidade dentre as doenças do fígado, podendo levar, em mais da metade dos casos, um indivíduo até então sadio à morte em questão de dias ou semanas.
Nos pacientes que conseguem sobreviver por tempo maior, a hepatite fulminante leva a um quadro de encefalopatia dentro de oito semanas, em virtude do dano hepático severo.
Entre as causas mais comuns da hepatite fulminante destacam-se o uso de medicamentos como antibióticos, psicotrópicos, antidepressivos, remédios para diabetes, analgésicos comuns como o paracetamol/acetaminofeno, as hepatites virais A e B, doenças autoimunes, entre outras.
Nos recém-nascidos, as infecções e os erros metabólicos são as causas mais comuns.
Uma necrose hepática aguda, secundária a uma infecção viral ou a uma toxina, leva à encefalopatia e à coagulopatia, devido à falência da regeneração hepática.
O processo íntimo que leva a esse grande dano hepático ainda é desconhecido, mas sabe-se que é multifatorial, dependente da idade, da susceptibilidade do paciente e da severidade do dano hepático.
Os principais sinais e sintomas da hepatite fulminante são exatamente iguais aos de uma hepatite comum: urina escura, pele e olhos amarelados (icterícia), mal-estar, inchaço e dor no abdome, dores no corpo, falta de apetite, desânimo, confusão mental, febre baixa, náuseas e vômitos.
O que a difere da hepatite aguda comum é que sempre a urina fica rapidamente escura e os olhos amarelados, em virtude de uma acentuada icterícia.
Além disso, rapidamente surgem outros sintomas: perturbações do sono, voz empastada, raciocínio lento, acentuado mal-estar, etc.
O diagnóstico da hepatite fulminante pode ser suspeitado mediante o histórico médico do paciente, pelo exame físico e pode ser complementado por exames laboratoriais e, por fim, seguido por uma biópsia do tecido hepático, que tanto permite detectar a gravidade das lesões como, em algumas vezes, as causas da doença.
Para o tratamento da hepatite fulminante o paciente deve ser internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo e assistido por uma equipe especializada liderada por um hepatologista, porque ele é bastante complexo e requer múltiplos recursos terapêuticos.
Por exemplo, a ingestão de proteínas deve diminuir e a glicose deve ser monitorada, pois esses pacientes têm casos de hipoglicemia frequentes.
Em alguns casos (cerca de 50%) o fígado pode se regenerar após repouso absoluto e suporte medicamentoso e alimentar; outros têm de caminhar para um transplante de fígado.
O médico deve atuar no sentido de prevenir as complicações enquanto aguarda a regeneração do fígado ou um doador, se for o caso de transplante.
A prevenção da hepatite fulminante deve ser feita através da vacinação contra hepatites e o uso de remédios só deve ser feito sob a orientação médica.
Quando disponíveis e adequadamente implementados, os tratamentos clínicos podem levar à cura mais ou menos metade dos pacientes. A outra metade deve ser tratada o quanto antes por um transplante de fígado de forma emergencial.
Após o transplante, a sobrevida do indivíduo varia de acordo com a idade do paciente, a causa da falência hepática e o comprometimento de outros órgãos como os rins, por exemplo.
Contando com todos os recursos, inclusive o transplante, é possível salvar cerca de 80% dos pacientes.
As complicações da falência hepática que resulta da hepatite fulminante são numerosas e incluem, por exemplo, septicemia, sangramento gastrointestinal, edema cerebral, insuficiência renal e cardíaca.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Pinguécula refere-se a uma elevação de coloração amarelada na junção da córnea com a esclera. Na verdade, a pinguécula é um tumor ocular be...
-
A Arginina parece ter algum efeito na redução da memória e capacidade de concentração, dificuldade de aprendizagem, fadiga, na astenia fí...
-
A gravidez foi fácil, o parto foi tranquilo. Era o primeiro bebê do casal, eles estavam empolgadíssimos. Porém, em dois meses, a alegria de ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário