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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Disidrose
Disidrose (do grego: des=não; hidro=suor excessivo) é uma doença aguda ou crônica que se caracteriza pelo aparecimento de pequenas vesículas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés.
A doença recebeu esse nome porque no passado se acreditava que ela era devida à retenção de suor, ideia que hoje em dia acha-se inteiramente descartada.
O termo foi empregado pela primeira vez em 1873, por Tilbury-Fox, que acreditava nessa teoria sudoral.
A causa verdadeira da disidrose é desconhecida.
Existem certas reações a medicamentos e algumas reações imunológicas a fungos que imitam a disidrose.
A doença, contudo, tem uma especificidade individual.
Não é a natureza da substância de contato que determina se a lesão a ser formada será ou não disidrose e sim o padrão de reação de cada pessoa.
Uma mesma substância pode provocar disidrose em uma pessoa e reação diferente em outra pessoa.
É uma enfermidade que costuma estar associada ao estresse, à sudorese aumentada nas mãos e nos pés, à raiva e à personalidade obsessivo-compulsiva.
Estes são importantes fatores de risco para a doença.
As vesículas surgem sob a camada córnea espessa das palmas das mãos e plantas dos pés e migram para a superfície, permanecendo intactas e dificilmente se rompendo, apesar da distensão devida à retenção de conteúdo líquido sob pressão em seu interior.
Essa migração dura cerca de três semanas e depois as vesículas desaparecem.
A descompressão das vesículas por meio de perfuração ou incisão proporciona o desaparecimento do "prurido doloroso".
Por outro lado, o excesso de sudação pode produzir uma reação inflamatória local.
A disidrose é mais frequente nas décadas médias da vida e atinge igualmente aos dois sexos.
Expressa-se por pequenas vesículas claras e opacas (menos de 1 mm) sobre uma base avermelhada, que surgem de maneira bilateral e simétrica principalmente nas palmas das mãos e, com muito menor frequência, na planta dos pés e que podem confluir formando bolhas.
Muitas vezes essas lesões infeccionam, se tornam dolorosas e as unhas podem sofrer distrofias.
Em geral as lesões aparecem de modo abrupto e são precedidas por sensações de calor e coceira. A seguir, elas podem ocasionar descamação, secura e crostas.
Para diagnosticar a disidrose é necessário um inventário médico bem detalhado e exame direto das lesões.
Exames complementares podem ser necessários para identificar as causas.
Como a disidrose muitas vezes é uma reação a uma infecção fúngica, pode-se fazer pesquisa direta e cultura de fungos a partir de material das lesões, porque mesmo nas reações à distância há a presença de fungos nas lesões.
O único tratamento indicado para a disidrose é a psicoterapia ou o aconselhamento para manejar o estresse.
Geralmente as crises têm resolução espontânea em uma a três semanas, mas têm caráter recidivante, e o intervalo entre elas pode ser de semanas ou meses.
Muitas vezes proteções locais podem ser necessárias nas crises, além da medicação tópica adequada para os sintomas (permanganato, pomadas cicatrizantes, corticoides, etc.). Raros casos mais graves exigem tratamento por via oral.
Existem tratamentos caseiros à base de abacate, mas não há comprovação científica da validade dos mesmos.
Se for possível determinar uma causa, deve-se tratá-la ou eliminá-la.
Ultimamente têm surgidos novos tratamentos e por isso o dermatologista deve sempre ser consultado.
As crises podem ser restringidas evitando-se a umidade nas áreas afetadas, usando luvas e evitando contato com substâncias irritantes.
As lesões da disidrose são autorresolutivas, em algumas semanas, mas tendem a retornar tempos depois.
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