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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Retenção urinária


Retenção urinária é a incapacidade total ou parcial de esvaziar a bexiga com o esforço urinário fisiológico e pode acontecer porque o paciente não consegue começar a urinar ou mesmo se começa, não consegue esvaziar completamente a bexiga.

Ela pode ser aguda ou crônica.

Na retenção aguda a pessoa não consegue urinar, mesmo estando com a bexiga cheia; na retenção crônica as pessoas podem ser capazes de urinar, mas têm problemas para esvaziar completamente a bexiga.

Isso resulta em resíduo de urina na bexiga, em decorrência da incapacidade de eliminar a urina, o que favorece em muito as infecções urinárias e a formação de cálculos.

Ela pode acontecer em virtude de causas obstrutivas ou não obstrutivas.

Se houver uma obstrução como, por exemplo, a causada por pedras nos rins, a urina não consegue fluir livremente através do trato urinário. As causas não obstrutivas da retenção urinária incluem enfraquecimento dos músculos da bexiga e/ou problemas na sua inervação.

Se os nervos não estiverem funcionando adequadamente, o cérebro não consegue receber a mensagem de que a bexiga está cheia e não comanda, por isso, a vontade de urinar.

Então, a retenção urinária pode ser causada por obstrução do trato urinário ou por problemas nervosos que interferem nos sinais entre o cérebro e a bexiga e pode ser causada por doenças nos nervos ou lesões na medula espinhal, aumento da próstata, infecções, cirurgias pélvicas, medicações, pedra na bexiga, cistocele (a bexiga tomba para dentro da vagina), retocele (o reto tomba para dentro da vagina), constipação, estenose uretral (estreitamento da uretra), etc.

Existe também uma retenção urinária crônica idiopática.

Este tipo de retenção urinária, mais comum em mulheres, se deve a uma atividade excessiva do esfíncter externo da uretra, que inibe a contração da bexiga.

Os sinais e sintomas mais comuns da retenção urinária são dificuldade em começar a urinar e em esvaziar a bexiga totalmente, fluxo de urina fraco, gotejamento ao final da micção, perda involuntária de pequenas quantidades de urina, incapacidade de sentir quando a bexiga está cheia, aumento da pressão abdominal, ausência de vontade de urinar, esforço para forçar a saída da urina da bexiga, micção frequente e acordar mais de duas vezes à noite para urinar.

Muito frequentemente a retenção urinária pode ser secundária a doenças ou condições como acidente vascular cerebral, parto vaginal, lesão ou trauma pélvico, medicações ou anestesias, lesões no cérebro ou na medula, cateterismo vesical intermitente ou, em homens, à hiperplasia prostática benigna (aumento de volume da próstata).

Na retenção urinária aguda ocorre uma dilatação muito dolorosa da bexiga. Na retenção crônica, ocorrem tanto sintomas obstrutivos quanto irritativos.

A primeira suspeita do diagnóstico de retenção urinária deve vir de uma história clínica bem feita. Para comprovar a retenção urinária bem como para determinar suas causas o médico pode solicitar exames de imagens e de sangue.

O tratamento da retenção urinária depende de sua causa. Sintomaticamente, é feito com a introdução de uma sonda uretral para alívio rápido e momentâneo do acúmulo de urina.

Em alguns casos impõe-se a utilização de medicações, como nas infecções, por exemplo, e, em outros, de outros meios mecânicos ou cirúrgicos.

A retenção urinária crônica idiopática é tratada inicialmente pela passagem intermitente de uma sonda, quatro a seis vezes ao dia.

Posteriormente pode instalar-se um “marcapasso” na bexiga que faz com que ocorram as contrações dos músculos da parede da bexiga e o relaxamento do esfíncter urinário, cujo sinergismo é imprescindível para que a micção ocorra de maneira normal.

As consequências da retenção urinária é que a bexiga retém certa quantidade de urina.

Esta concentração favorece o desenvolvimento de infecções urinárias e a formação de cálculos renais. Além disso, ocorrem frequentes e incômodos transtornos urinários.

Assim, a retenção urinária afeta negativamente a qualidade de vida do paciente por estar associada à dor forte e por causar problemas no funcionamento dos rins.

Se a causa puder ser retirada, a retenção urinária pode ser reversível, de uma forma plena ou, às vezes, deixando sequelas.

A complicação mais grave da retenção urinária é a danificação da estrutura renal. O acúmulo de urina favorece ainda as infecções urinárias e a formação de cálculos.

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