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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Fratura de escafoide


As fraturas do escafoide ocorrem na maioria das vezes em acidentes com a mão dorsifletida, como em quedas ao solo com a mão espalmada ou por golpes de objetos pesados nesta posição, como por exemplo em goleiros no futebol de salão.

Quando as fraturas ocorrem em acidentes de impacto menor, como nas quedas ao solo, o indivíduo refere dor discreta no punho no dorso no lado radial (dor no dorso do escafoide ou na tabaqueira anatômica).

Os paciente podem referir, ainda, dor à compressão longitudinal do polegar.

A estes sintomas na fase inicial do atendimento é imputada sensibilidade de 100%.

No entanto, a dor tende a desaparecer espontaneamente em poucos dias, mesmo na presença de fraturas.

Muitas vezes a fratura não é vista em radiografias iniciais, por isso há necessidade de uso de exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética (RMN) para sua detecção imediata ou a realização sistemática de radiografias com três e seis semanas para comprovar a ausência de fratura.

O escafoide é um osso muito solicitado mecanicamente, pois liga a primeira fileira de ossos do carpo a segunda fileira.

Quando ocorre a sua fratura, instala-se instabilidade do carpo, com consequente desarranjo entre os ossos desta região.

O seu fragmento proximal (junto ao rádio) desvia-se junto com o osso semilunar em direção ao lado dorsal da mão, enquanto que o seu fragmento distal (junto com os ossos trapézio e trapezóide) gira para o lado palmar da mão.

O afastamento dos dois fragmentos do escafoide impede a sua consolidação podendo instalar-se uma condição denominada pseudartrose ("falsa articulação").

Complicações:

A necrose avascular é uma complicação comum da fratura do escafoide; ela ocorre em função da irrigação sanguínea pobre, de artéria única que pode ser rompida na fratura; característica deste osso.

O risco de necrose avascular depende da localização da fratura.

Fraturas no 1/3 proximal possuem uma maior incidência de necrose avascular.
Fraturas no 1/3 médio possuem risco moderado.
Fraturas no 1/3 distal são raramente complicadas por necrose avascular.

O paciente precisará usar aparelho gessado no braço, incluindo o polegar, podendo ou não chegar acima do cotovelo, por pelo menos 12 semanas.

Às vezes a calcificação pode não ocorrer e os fragmentos do osso não se consolidam.

Nesses casos, a cirurgia é indicada.

No caso da necrose avascular, quando alguma parte do osso “morre” pela falta de irrigação sanguínea a cirurgia também é indicada, para ser retirado este fragmento do osso, ou colocado enxerto e osteossíntese.

Após a retirada do gesso, habitualmente o paciente é encaminhado à fisioterapia, para reabilitação funcional.

O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível.

O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.

Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:

• Tiver movimentação do punho ativa, livre e sem dor.

• Tiver recuperado a força, comparada ao outro braço.

• Não apresentar dor durantes atividades manuais.

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