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sábado, 11 de outubro de 2014
Inseminação artificial
A inseminação artificial é um método muito antigo de tentar facilitar a gravidez para aqueles casais com dificuldades de conseguir uma gravidez natural e ainda é muito usada com animais.
Naturalmente, a inseminação humana se dá através de uma relação sexual em que o homem deposita na vagina da mulher certa porção de espermatozoides, os quais posteriormente atravessam o colo do útero e a luz uterina atingindo as trompas e continuam migrando no interior delas à busca de um óvulo. Se a mulher estiver em período fértil e tiver ovulado recentemente, um óvulo parte no sentido contrário procurando encontrar um espermatozoide e, se ambos se encontram, dá-se a fertilização e a formação de um ovo que, alojando-se no útero, irá gerar um novo ser.
Algumas vezes acontece que por defeitos quantitativos ou qualitativos os espermatozoides do parceiro sexual masculino não conseguem cumprir todo esse percurso e a inseminação deles no útero da mulher tem de ser feita por meios artificiais, depois que os espermatozoides sejam selecionados ou que seja melhorada a concentração deles no sêmen, o que é feito em um laboratório.
Como preparação para o exame o homem deve ficar em abstinência sexual de dois a cinco dias, para garantir a qualidade e maior concentração dos espermatozoides. É importante também que ele, nesse tempo, evite estresse, calor excessivo na região genital, consumo exagerado de álcool e de fumo. Já para a mulher, é importante que ela esteja em boas condições de saúde para gestar e passe a tomar uma suplementação de ácido fólico. Inicialmente, o homem deve coletar certa porção de sêmen, por meio de masturbação. As amostras assim obtidas são selecionadas em laboratório e delas são retirados os espermatozoides de pouca mobilidade, as células imaturas e os restos celulares. Se o parceiro sexual masculino não produz espermatozoides ou se eles são de quantidade insuficiente eles podem ser obtidos em um banco de sêmen, de um doador anônimo.
Por seu turno, a mulher pode tomar medicamentos que induzam a ovulação. Durante esse processo devem ser realizadas ultrassonografias seriadas para acompanhar o crescimento dos folículos ovarianos. Assim que eles estejam prontos para liberar os óvulos devem ser administrados medicamentos que facilitem essa liberação. Quando a mulher estiver ovulando deve ser feita a colocação dos espermatozoides dentro do útero, visando a união dos gametas para a formação do embrião. A inseminação artificial é um procedimento que deve ser realizado em uma clínica de reprodução humana. Um cateter fino é inserido na vagina e corretamente posicionado por meio da ultrassonografia, por ele são injetados os espermatozoides. Geralmente os espermatozoides são depositados no colo do útero ou mais próximos às trompas e depois de doze dias desse procedimento pode-se fazer um teste de gravidez que indique se ele foi bem sucedido ou não.
A inseminação artificial normalmente é indicada para casais que desejam ter um filho e em que os espermatozoides do homem sejam poucos, lentos ou tenham dificuldades de movimentação ou em que a mulher sofra alteração do útero, como uma endometriose leve ou mesmo quando não há uma razão aparente para a infertilidade. A inseminação artificial também pode ser feita com espermatozoides doados em casos em que o parceiro da mulher não os possui no seu sêmen ou no caso de casais homoafetivos. A taxa de sucesso do procedimento por ciclo ovulatório não é muito alta (cerca de 20%) e quanto maior a idade da mulher, menores são as chances dela engravidar, sendo que essa chance é muito remota após os 35 anos. Se a primeira tentativa falhar, devem ser feitas até duas novas tentativas, após as quais o método deve ser abandonado e outras opções devem ser adotadas.
Com esse método há uma chance de 15% de gravidez gemelar. Isso não chega a ser uma complicação, mas é um resultado inesperado e naturalmente envolve riscos maiores que uma gravidez simples.
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