Pesquisar este blog

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Miocardites


Miocardite é a inflamação do miocárdio, a camada muscular do coração, a qual pode perder sua força contrátil natural e prejudicar a ação de bombeamento de sangue para o resto do corpo.

Como resultado de certa estase sanguínea podem se formar coágulos no coração, conduzindo potencialmente a um acidente vascular cerebral ou a um ataque cardíaco.

A miocardite acontece em pessoas de qualquer idade, com mais frequência em homens do que em mulheres.

Muitas vezes não se encontra uma causa determinante, mas geralmente é uma complicação de doença infecciosa, quase sempre causada por vírus.

Outras causas menos comuns de miocardites são infecção pelo HIV, difteria, doença de Chagas, doença de Lyme (transmitida por picadas de carrapatos), timoma (crescimento anormal do timo), lúpus eritematoso sistêmico ou tireotóxicos.

Causas ainda mais raras podem ser efeito colateral de medicamentos, agentes prejudiciais como álcool, radiação, substâncias químicas como hidrocarboneto e arsênico, por exemplo.

Os quadros leves de miocardite podem não produzir sintomas ou eles são confundidos com os sintomas gerais de uma infecção viral.

Uma pessoa acometida pode nunca perceber que o coração está afetado e pode recuperar-se sem saber que teve uma miocardite.

Mas quando há sinais e sintomas, os principais deles dependerão da causa da enfermidade. Os sinais e sintomas mais comuns são:

•Dores no peito.

•Arritmias (batidas rápidas ou anormais do coração).

•Dificuldades de respiração, principalmente durante atividade física.

•Inchaço das pernas devido à retenção de fluidos.

•Aumento de tamanho do fígado.

•Edema periférico.

•Fadiga excessiva.

A insuficiência cardíaca, quando há, pode ser direita e/ou esquerda, na dependência da região acometida do miocárdio.

Em alguns casos graves pode ocorrer choque cardiogênico e/ou edema pulmonar agudo. Eventualmente pode ocorrer uma perda súbita da consciência, associada a ritmos irregulares do coração e outros sintomas próprios de uma infecção viral, como cefaleia (dor de cabeça), dores no corpo e nas articulações, febre, dores de garganta e diarreia.

A miocardite pode causar pericardite ou as duas condições podem existir conjuntamente (perimiocardite). A pericardite pode causar dores agudas no peito.

Além da história clínica e dos sintomas, o diagnóstico e a determinação da severidade da miocardite podem valer-se de alguns exames complementares: eletrocardiograma, radiografia do tórax, ecocardiograma, a ressonância magnética, exames de sangue (pesquisa de enzimas cardíacas) e, eventualmente, cateterismo cardíaco. A ausculta cardíaca atenta identificará os sons anormais característicos.

A cintilografia cardíaca com marcadores radioativos é um bom exame para esclarecer a existência e a extensão de uma miocardite.

Embora seja o melhor exame para firmar o diagnóstico, a biópsia do músculo cardíaco só deve ser usada em situações extremas, por apresentar alguns riscos importantes.

O tratamento da miocardite dependerá de sua causa subjacente, quando essa puder ser determinada, a qual deve, sempre, ser tratada.

As miocardites por vírus nem sempre contam com uma terapia específica, mas deve-se instituir um tratamento para aliviar a dor e os demais sintomas, além de ser recomendado o repouso e em alguns casos poderão ser prescritos antivirais e diuréticos. Se a infecção for bacteriana, o médico prescreverá antibióticos.

Os casos autoimunes parecem responder aos corticosteroides ou a outros medicamentos para suprimir o sistema imune, embora não exista consenso a respeito.

Podem ser dados, ainda, medicamentos para fortalecer o bombeamento de sangue e para reduzir eventuais arritmias cardíacas.

Medidas de ordem geral são a diminuição de sal nas refeições e a diminuição da ingestão de líquidos.

Nenhum comentário: