Pesquisar este blog

segunda-feira, 4 de março de 2013

Ponte de safena



O sangue oxigenado que procede dos pulmões deve ser distribuído pelas artérias coronarianas para o músculo cardíaco. Essas artérias podem acumular placas de gordura, que irão obstruir a circulação do sangue. A ponte de safena é uma cirurgia que visa restituir a normalidade da circulação nas artérias cardíacas e deve ser feita se a obstrução arterial atingir 70% ou mais, quando o risco de um infarto fulminante é muito alto. A cirurgia procura fazer a revascularização miocárdica através de uma ponte (shunt, bypass, desvio, etc.), usando parte da veia safena (maior veia da perna) para irrigar as artérias coronarianas, a partir da artéria aorta (a principal artéria do corpo, que sai do coração). Alternativamente, podem também ser utilizadas as veias radiais (dos braços) ou mamárias (do tórax).

A cirurgia de ponte de safena é indicada a pacientes que tenham obstrução de artérias cardíacas e que se achem, portanto, em risco de sofrer infarto do miocárdio. No caso de obstruções de artérias do coração, a ponte de safena não é a única solução possível. Há tratamentos medicamentosos e mesmo outros tratamentos mecânicos menos invasivos, como a angioplastia e a colocação de stent. Contudo, extensa pesquisa americana recente colocou em dúvida as vantagens dessas novas técnicas porque demostrou que a sobrevida em longo prazo é maior com a ponte de safena que com o procedimento menos invasivo da angioplastia.

Até a década de oitenta, a ponte de safena era a única técnica cirúrgica utilizada para melhorar a circulação cardíaca. Desde então, os métodos de revascularização cardíaca evoluíram tanto que hoje há preferência por outros métodos mais simples e eficientes, embora as pontes de safena continuem a ser utilizadas através de técnicas atualmente aperfeiçoadas em relação a seu início.

A cirurgia de ponte de safena é um procedimento que dura, em média, de três a cinco horas.

•A sobrevida em cinco anos é de 88% e em dez anos, cerca de 75%.
•Aproximadamente 60% dos pacientes estarão sem sintomas após 10 anos.
•Somente 2 a 5% dos pacientes têm infarto do miocárdio durante ou logo após a cirurgia.
•Após cinco anos da cirurgia, cerca de 95% dos pacientes ficarão livres do infarto do miocárdio.
•A terapia antiagregante plaquetária deve ser iniciada precocemente para evitar a oclusão da ponte.

Nenhum comentário: