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quinta-feira, 7 de março de 2013
Herpes Genital
O herpes genital é uma infecção por vírus transmitidos sexualmente, que afeta a pele e/ou mucosas dos orgãos genitais. Uma vez contraído, dificilmente esse vírus é eliminado do organismo, porque o sistema imunológico das pessoas não tem pleno acesso a ele, pois ele se abriga nas raízes nervosas, que esse sistema não atinge.
A infecção é, por isso, considerada uma infecção recorrente, havendo às vezes longos períodos em que ela não se manifesta. Ela parece eclodir em situações em que o sistema imunológico da pessoa contaminada esteja enfraquecido.
O herpes genital é causado pelo vírus simples do herpes. Há dois tipos de vírus que podem causar o herpes genital: vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1) e o vírus do herpes simples tipo 2 (HSV2). Geralmente, o HSV-1 infecta a mucosa da boca e dos lábios, causando as chamadas aftas ou herpes de boca e pode se espalhar para os genitais durante o sexo oral. O HSV-2, na maioria das vezes, causa diretamente o herpes nos orgãos genitais.
Mais comumente, o herpes é transmitido quando a pele do receptor tem alguma lesão visível que serve como porta de entrada para o vírus ou a pele do doador apresenta bolhas ou erupções (crise ativa), mas também pode acontecer que NÃO haja lesões visíveis e a pessoa nem saiba que está infectada. Pode haver transmissão pelo contato com os fluidos da boca ou da vagina de uma pessoa infectada para outra não infectada.
Muitas pessoas infectadas (cerca de 80%) permanecem assintomáticas, mas podem transmitir a doença. Existe também a transmissão vertical do vírus, da mãe para o feto e para o bebê, no momento do nascimento.
O período de incubação do vírus varia de 10 a 15 dias depois de a infecção ter-se realizado (às vezes mais). Nos primeiros dias da infecção pode não haver sintomas ou ocorrer um simples prurido. Alguns dias depois aparecem as vesículas. A primeira infecção é mais intensa e longa que as demais, porque ainda não se formaram as defesas para combater o vírus, mas, apesar da formação posterior de anticorpos, permanece o risco de recidivas.
As lesões do herpes genital se caracterizam por serem pequenas vesículas localizadas nos genitais (masculinos e femininos). Antes ou paralelamente ao surgimento das vesículas podem ocorrer ardor, prurido, formigamento, gânglios linfáticos inflamados e aumentados de tamanho, dores de cabeça, dores musculares e articulares.
Além da visualização direta das lesões, o médico deve proceder a uma raspagem das feridas e retirar delas uma pequena quantidade de líquido, para observação ao microscópio. O herpes genital também pode ser diagnosticado por alguns exames laboratoriais.
Os exames de sangue medem os anticorpos contra o vírus e podem identificar se uma pessoa tenha sido infectada alguma vez, mesmo que não esteja em crise no momento. O teste da reação em cadeia da polimerase (PCR) pode ser realizado no fluido de uma bolha. É o exame mais específico para o herpes. A cultura do fluido contido nas bolhas pode também detectar o vírus.
O herpes genital não tem cura. Medicamentos antivirais podem ser usados para um melhor controle da doença. O aciclovir pode destruir ou impedir que o vírus mantenha sua cadeia de replicação, mas quando o vírus está abrigado no sistema neural (habitualmente num gânglio neural), esse remédio não tem efeito. Podem ser usados também medicamentos para aliviar os sintomas (analgésicos, anti-inflamatórios, etc.). Conforme o caso, são esporadicamente receitados antibióticos para uso tópico e limpeza das lesões com soro fisiológico.
Como prevenir o herpes genital?
•Sempre usar preservativo nas relações sexuais, isso ajuda a evitar a transmissão da doença. Fazer sempre uma boa higienização das regiões genitais antes e depois de cada relação sexual.
•Evitar múltiplos (as) parceiros (as) sexuais.
•A mulher deve informar ao médico que é portadora do vírus do herpes genital, se pretende engravidar, mesmo que no momento não tenha lesões ativas, pela possibilidade de transmissão para o filho.
•Mesmo as pessoas que estejam sem lesões podem transmitir o herpes genital.
•A escarificação das lesões pelo ato de coçar pode disseminar as lesões.
O herpes genital costuma regredir mesmo sem tratamento, mas em pessoas imunodeprimidas as lesões podem adquirir grandes dimensões.
Na gravidez, o herpes genital pode provocar abortamento espontâneo.
O herpes congênito pode ser extremamente grave e letal.
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Um comentário:
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