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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Gastroenterite ou gastroenterocolite
Gastroenterite é uma inflamação aguda do trato gastrointestinal, principalmente do estômago e do intestino delgado, mais comum no verão e em locais sem tratamento de água, rede de esgoto ou destino adequado do lixo.
É uma das mais importantes causas de mortalidade infantil em países ou regiões com condições de vida muito precárias e assistência médico-sanitária muito deficiente.
Entre crianças, ocorre com maior frequência nas populações mais desinformadas sobre os meios simples de prevenção ou de tratamento.
As causas mais comuns da gastroenterite são as infecções por vírus, bactérias ou parasitas, os quais podem ser transmitidos pelo ar, por alimentos, por objetos ou pela mão contaminada.
Uma das bactérias causadoras mais comuns é a Salmonella, encontrada em frango e ovos crus, mas ela não é a única.
A gastroenterite também pode ser causada pela ingestão de substâncias químicas nocivas encontradas em frutos do mar e em plantas, pela intolerância à lactose (incapacidade do organismo de digerir e absorver o açúcar do leite) ou ser transmitida de pessoa a pessoa, num contato direto.
Os sinais e sintomas da gastroenterite dependem do tipo, quantidade e natureza do microrganismo infectante, da toxina ingerida ou produzida por eles, bem como da resistência do indivíduo à doença.
Com maior frequência eles iniciam-se de forma súbita e intensa, sendo os mais comuns: diarreia, enjoos e vômitos, febre, dores de barriga tipo cólicas (devido à distensão das alças intestinais), dores musculares, fadiga, inapetência, perda de peso, desidratação e ruídos intestinais audíveis.
O diagnóstico da gastroenterite pode ser feito pela história clínica e a partir da sintomatologia. No entanto, determinar as causas é mais difícil.
Quando os sintomas são graves ou persistem por mais de 48 horas, devem ser realizados exames de fezes, no sentido de se investigar a presença de leucócitos, bactérias, vírus ou parasitas. A análise química dos vômitos, dos alimentos ou do sangue também pode ajudar na identificação da causa.
Os vômitos e a diarreia intensos podem acarretar uma forte desidratação e uma queda grave da pressão arterial (choque). Os vômitos e as diarreias excessivas provocam também a perda de potássio, com consequente redução da sua concentração no sangue (hipocalemia).
A concentração baixa de sódio no sangue (hiponatremia) também pode ocorrer, especialmente quando a reposição líquida é realizada com a ingestão de líquidos contendo pouco ou nenhum sal.
A maior parte das gastroenterites se curam por si mesmas. O mesmo acontece em infecções por alguns tipos de bactérias.
Mas, dependendo do tipo de bactéria e da intensidade da infecção, os antibióticos (ou outros medicamentos) podem ser necessários.
Medicações sintomáticas (para febre ou dor, por exemplo) podem ser usadas.
Quase sempre haverá considerável perda de líquidos e sais minerais (desidratação), que deverão ser repostos oralmente. Em casos graves pode ser necessária uma reposição venosa.
Deve-se evitar os antidiarreicos e os antieméticos (contra vômitos), que ajudam a reter germes e toxinas no organismo ou eles só devem ser utilizados mediante orientação médica.
Recomenda-se relativo repouso e dieta leve que não contenha gordura.
Como prevenir a gastroenterite?
• Lavar bem as mãos antes das refeições.
• Lavar bem as frutas e vegetais antes de consumi-los.
• Evitar consumir alimentos em restaurantes que possam não ter uma boa higiene.
• Certos alimentos, como maionese, molhos e alimentos altamente perecíveis representam um perigo especial.
• Os ovos (e outros alimentos) devem ser consumidos preferencialmente cozidos.
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