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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Endoscopia Digestiva Alta (EDA)
Endoscopia digestiva alta é um exame endoscópico que permite ao médico visualizar diretamente ou na tela de vídeo o revestimento interno do esôfago, estômago e duodeno, bem como praticar determinadas intervenções diagnósticas e/ou terapêuticas simples.
O exame é realizado por meio de um aparelho chamado endoscópio que consta, entre outras coisas, de um delgado tubo flexível de cerca de um metro de comprimento.
Ele contém na sua extremidade uma microcâmera capaz de captar imagens e é introduzido através da boca, permitindo uma visualização das regiões por onde vai passando.
Por esse tubo podem ser introduzidos também medicamentos e instrumentos próprios para realizar biópsias ou outros procedimentos terapêuticos.
O preparo para o exame é muito simples. O único preparo necessário consiste em um jejum de oito horas, para que a parte alta do tubo digestivo esteja completamente esvaziada, permitindo uma melhor visualização e minimizando o risco de aspiração do suco gástrico para o pulmão.
No momento do exame é administrado ao paciente algumas gotas de medicamento contra gazes e ele deve deitar-se de lado (usualmente do lado esquerdo) em uma maca.
Normalmente a garganta do paciente é borrifada com um spray anestésico, para evitar o reflexo de vômito e é aplicado um sedativo de curta duração, quase sempre por via venosa. Em alguns casos nenhum sedativo é dado.
Em seguida o tubo flexível é introduzido pela boca e direcionado através do vídeo para o esôfago, estômago e duodeno, respectivamente, permitindo a visualização do interior dos mesmos.
Normalmente uma certa quantidade de ar é introduzida através do tubo, de modo a facilitar a visualização. Se necessário, através do mesmo tubo podem ser realizadas pequenas intervenções diagnósticas e/ou terapêuticas, como coleta de material para biópsia, remoção de pólipos, hemostasias, correção de varizes, etc.
O exame é simples e muito rápido (5 a 10 minutos) e se o paciente adormece sob ação do sedativo, muitas vezes nem chega a perceber a realização do mesmo. Ao despertar, o paciente ainda se encontra algo sonolento, levando cerca de 30 a 60 minutos para a total recuperação.
Geralmente sofre amnésia até os minutos seguintes ao exame, incluindo o próprio exame.
O paciente deve ir ao exame acompanhado de um adulto, em virtude dos possíveis efeitos da sedação.
Após cada endoscopia realizada, o aparelho deve sofrer uma rigorosa esterilização, para evitar contaminações.
O exame permite o diagnóstico direto de algumas patologias do trato digestivo alto (esofagites, gastrites, duodenites, pólipos, úlceras, tumores, hérnia de hiato) e ajuda na complementação diagnóstica de várias outras patologias que podem repercutir nesses órgãos, bem como permite intervenções diagnósticas e terapêuticas.
Normalmente o exame é bem tolerado pelos pacientes e em geral não há nenhum tipo de sintoma.
No entanto, posteriormente ao procedimento pode ocorrer uma rouquidão em virtude da anestesia da garganta ou um ligeiro dolorimento dela, em consequência do atrito com o tubo do endoscópio.
Ambas as coisas, contudo, passam rapidamente e não requerem nenhuma providência médica.
Aconselha-se que no dia do exame o paciente não dirija e nem maneje máquinas perigosas, porque, embora lúcido, seus reflexos podem ainda estar alterados.
As complicações do exame são muito raras e, quando existem, são leves e passageiras.
Pode haver reações ao sedativo (euforia, confusão mental, etc.) ou equimose e inchaço no local da injeção e ligeiro incômodo devido aos gases injetados.
Pessoas muito sensíveis podem apresentar tremores, náuseas e vômitos, os quais quase sempre cessam rapidamente.
O risco de complicações aumenta (mas continua muito baixo) quando é necessário realizar algum procedimento, como biópsia, remoção de pólipo, dilatação ou remoção de corpo estranho.
As complicações mais graves são sangramento e perfurações das vísceras, algumas das quais podem exigir hospitalização e cirurgia.
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