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sábado, 15 de dezembro de 2012
O que é hidrocefalia
O líquido cefalorraquiano (LCR ou líquor) banha o cérebro e a medula espinhal e preenche as cavidades ventriculares cerebrais, amortecendo eventuais traumas ou choques mecânicos sobre o sistema nervoso central.
O líquor é produzido e reabsorvido pelos ventrículos, por meio da corrente sanguínea e circula por eles através de delicados orifícios que podem ser obstruídos, dificultando a sua circulação.
Hidrocefalia é uma situação em que há um desequilíbrio entre a produção, circulação ou absorção desse fluido, com um acentuado aumento dele. Refere-se ao acúmulo do líquor nas cavidades ventriculares cranianas (o que as faz aumentar de tamanho) e no espaço subaracnóideo e à pressão que passa a exercer sobre as estruturas do cérebro, podendo causar nelas lesões e inchaço.
A hidrocefalia pode resultar do excesso de produção (situação rara), impedimento de circulação ou absorção do LCR, o que gera um aumento da pressão no interior do cérebro.
Em geral essa obstrução está relacionada com o aparecimento da espinha bífida, mas também pode ocorrer por outras razões, genéticas ou adquiridas, entre as quais se contam: infecções (caxumba, citomegalovírus, hepatite, toxoplasmose, poliomielite, etc.), hemorragia intraventricular, meningite, traumatismos, tumores, cistos, estenose do Aqueduto de Sylvius, etc.
Os principais sinais e sintomas da hidrocefalia em crianças são:
• Crescimento anormal do crânio.
• Fontanela tensa.
• Espaçamento anormal entre os ossos do crânio.
• Couro cabeludo esticado.
• Irritabilidade.
• Acessos epiléticos.
• Dores de cabeça.
• Dificuldades de locomoção.
• Perda de habilidades físicas.
• Alterações de personalidade.
• Vômitos.
• Letargia.
Além disso, pode haver problemas de aprendizagem, de concentração, de raciocínio lógico, de memória, de coordenação, de organização, de localização no tempo e no espaço, de motivação, bem como puberdade precoce e dificuldades visuais.
É muito importante fazer-se o diagnóstico precoce da hidrocefalia, porque quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menor a chance de serem deixadas sequelas. A ultrassonografia pode diagnosticar o problema com o bebê ainda no útero e também pode ser utilizada posteriormente. Outros exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, podem ajudar a delimitar a área afetada.
Dependendo da causa da hidrocefalia, o tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico.
Algumas medicações podem fazer baixar a produção do LCR, porém nem sempre são capazes de produzir os efeitos almejados. A cirurgia consiste no implante de uma válvula que drena o excesso do LCR do sistema ventricular para outras cavidades do corpo (geralmente a cavidade abdominal).
Outra técnica cirúrgica consiste em fazer-se um orifício no terceiro ventrículo e propiciar uma saída alternativa para o excesso do LCR. O neurocirurgião deve decidir, em cada caso específico, qual tratamento indicar.
Não há como prevenir a hidrocefalia, a não ser evitando, quando possível, as suas causas.
Nas crianças menores de dois anos a hidrocefalia pode ocasionar crescimento anormal da cabeça.
É possível perceber ou palpar um aumento do espaçamento entre os ossos do crânio.
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