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terça-feira, 13 de novembro de 2012
Amigdalites (tonsilites)
A amigdalite (tonsilite), popularmente chamada de “dor de garganta”, é uma inflamação geralmente aguda, mas que pode também ser crônica, das amígdalas por bactérias (principalmente estreptococos) ou vírus.
As amígdalas são formações linfoides localizadas na parede lateral da faringe e que têm função de defesa do organismo contra infecções. No entanto, são sedes comuns de infecções, principalmente em crianças.
A amigdalite (tonsilite) é causada por infecções virais, na maioria dos casos, ou bacterianas (geralmente causadas por uma bactéria conhecida como estreptococos). As infecções bacterianas geralmente apresentam placas brancas de pus sobre as amígdalas; nas virais isso não ocorre.
Os principais sinais e sintomas da amigdalite (tonsilite) são aumento do tamanho das amígdalas, dor de garganta, dores pelo corpo, febre (em geral, maior do que 39°C nas amigdalites bacterianas), cansaço, falta de apetite, dores ao deglutir que se irradiam para o ouvido, dificuldades de respirar, dores de cabeça, alterações da voz e, ocasionalmente, vômitos. Os gânglios linfáticos do pescoço podem estar aumentados de tamanho e se tornarem mais sensíveis à palpação.
Nos casos crônicos pode haver um mau hálito característico, formado por bactérias que se alimentam do muco acumulado nas amígdalas, o qual pode produzir um depósito amarelado que causa uma emissão de compostos gasosos sulfúricos. Muito raramente, pode surgir um abscesso periamigdaliano ou a infecção pode se espalhar, dando origem a uma septicemia, sendo este quadro geralmente muito grave.
A amigdalite (tonsilite) pode ser diagnosticada pela inspeção direta da garganta, que mostrará as amígdalas inchadas, muito vermelhas e com manchas brancas. Externamente, os nódulos linfáticos na mandíbula e no pescoço podem estar aumentados de tamanho e mais sensíveis à palpação. Normalmente, o histórico familiar e o exame clínico propiciam o diagnóstico. Porém, nem sempre ele é tão característico. A hipertrofia das amígdalas muitas vezes é questionável ao exame físico e, mesmo quando presente, pode ser decorrente de outras causas, como alergias, por exemplo. Por outro lado, pode haver infecções crônicas em amigdalites (tonsilites) de pequena dimensão. As infecções recorrentes podem ser confundidas com as rinofaringites virais repetidas.
Geralmente alguns exames de laboratório complementarão o exame. O hemograma mostrará sinais de infecção aguda e uma cultura de material da garganta ajudará a determinar o germe infectante.
A amigdalite (tonsilite) viral em geral não requer tratamento específico, porque a cura espontânea ocorre em poucos dias, bastando apenas o tratamento sintomático. A amigdalite (tonsilite) bacteriana deve ser tratada com antibióticos, além dos cuidados sintomáticos gerais (dor, febre, dificuldade de engolir, etc.). Os sintomas da amigdalite (tonsilite) diminuem ou desaparecem ao término de 2 ou 3 dias após o tratamento ser iniciado, mas o antibiótico receitado deve ser tomado por 7 dias, pelo menos, e algumas pessoas podem ter de tomá-lo por período maior, se o médico assim prescrever.
Em casos crônicos, muito repetitivos, a retirada cirúrgica das amígdalas pode ser aconselhável porque elas permanecem continuamente infeccionadas, afetando o desenvolvimento normal da criança. A melhoria acentuada do apetite, da disposição, da tonalidade da pele, do humor e do rendimento escolar pode ser notada pelas famílias das crianças operadas.
As complicações da amigdalectomia em adultos são raras e sem gravidade e mais raras ainda em crianças, e consistem, sobretudo, em sangramentos pós-cirúrgicos, que geralmente são controlados por meios clínicos. Excepcionalmente um paciente precisa voltar ao centro cirúrgico para cauterizar um vaso que esteja sangrando.
Como prevenir a amigdalite (tonsilite)?
Ingerir alimentos que contenham vitaminas, como frutas, legumes, fígado, peixes, etc.
Evite situações que possam produzir variações de temperatura no organismo como tomar água gelada, andar descalço, correntes de ar e molhar-se na chuva. Elas favorecem a instalação das bactérias.
Como evolui a amigdalite (tonsilite)?
Tratadas adequadamente, as amigdalites se curam de maneira integral.
A hipertrofia das amígdalas pode causar roncos e apneia do sono do tipo obstrutiva.
Mais raramente, as amigdalites repetitivas, não solucionadas, podem ter como consequência o surgimento de complicações cardíacas, como as da febre reumática e/ou renais, como a glomerulonefrite.
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