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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Embolia Pulmonar
Recentemente o ator Marcos Paulo faleceu e a provável causa da morte foi Embolia Pulmonar. Entenda o que isso significa:
Embolia pulmonar (ou tromboembolismo pulmonar) é a obstrução repentina da artéria pulmonar ou de um de seus ramos por um êmbolo, com prejuízos significativos para a circulação sanguínea e a respiração. Trata-se de uma condição grave que pode levar à morte.
Cerca de 15% das mortes súbitas são devido à embolia pulmonar.
A embolia pulmonar é causada pela obstrução da artéria pulmonar ou algum de seus ramos por um êmbolo.
Na maioria das vezes, o êmbolo é constituído por um trombo originário de alguma parte do corpo (geralmente uma artéria profunda das pernas ou da pelve).
Esse quadro ocorre quando ele adquire um tamanho que não o permita passar por todos os segmentos da circulação pulmonar. Mais frequentemente ocorre quando o sangue coagulado de uma veia periférica se desloca, cai na circulação e passa pelo átrio direito e ventrículo direito, indo para os ramos da artéria pulmonar direita ou esquerda.
Ao atingir um ramo mais estreito que seu tamanho, o coágulo interrompe a circulação local.
Além dos êmbolos serem formados principalmente por coágulos sanguíneos, podem também dever-se a bolhas de gás (como nos mergulhos profundos, por exemplo), gordura (cirurgia, traumas, fraturas, etc.) ou outras possibilidades (líquido amniótico, durante a gravidez ou o parto ou células cancerosas, por exemplo).
Os principais fatores de risco para a trombose pulmonar são:
• Imobilidade dos membros inferiores (no leito ou em prolongadas viagens em que se fica assentado por um longo tempo).
• Trombose venosa.
• Gravidez.
• Politraumatismos.
• Cirurgias de grande porte.
• Queimaduras.
• Parto e puerpério.
• Estados de hipercoagulabilidade.
Os sinais e sintomas da embolia pulmonar variam em função do grau de prejuízo acarretado ao organismo. Os principais são:
• Dificuldades de respiração.
• Dor no tórax.
• Chiado no peito.
• Tosse.
• Taquicardia.
• Palpitações.
• Dilatação das veias do pescoço.
• Tonturas ou desmaio.
• Convulsões.
• Enjoo.
• Sudorese.
• Cianose (pele e unhas azuladas por falta de oxigenação do sangue).
• Morte súbita.
O diagnóstico da embolia pulmonar é baseado em achados clínicos, na análise dos fatores de risco, em exames laboratoriais e em estudos de imagem (radiografia de tórax, cintilografia pulmonar, angiografia pulmonar, tomografia computadorizada). O eletrocardiograma, embora inespecífico, pode também ser de ajuda. Outros exames laboratoriais (como a gasometria arterial, por exemplo) podem completar o diagnóstico.
O tratamento da embolia pulmonar busca diminuir as consequências da deficiência circulatória e melhorar as condições respiratórias. Quase sempre tem que ser administrado oxigênio por máscara. Também devem ser adotadas medidas que dificultem a formação de novos êmbolos por coagulação sanguínea, como o uso de anticoagulantes (heparina, warfarina) ou é preciso utilizar-se uma câmara de descompressão, como acontece após embolia gasosa de mergulhadores.
Medicações sintomáticas para aliviar a dor podem ser empregadas. Em pacientes com grande tendência à formação de trombos e com contraindicações para o uso de anticoagulantes ou em casos de recidivas, deve-se considerar a implantação de um filtro na veia cava a fim de evitar que novos coágulos cheguem aos pulmões. Pode-se tentar a dissolução do trombo através de medicações trombolíticas. Casos graves podem necessitar de cirurgia para remoção do trombo.
Não há como evitar a embolia pulmonar, mas podem ser prevenidos alguns de seus fatores de risco.
• O uso de meias elásticas pode prevenir a estase sanguínea nas pernas e a formação de trombos.
• A atividade física deve ser reiniciada rapidamente nos pós-operatórios.
• As pernas devem ser intermitentemente movimentadas durante os períodos de grande imobilidade. Principalmente contraindo os músculos da panturrilha.
• Medicações anticoagulantes preventivas podem ser utilizadas naqueles pacientes que não apresentem contraindicações e que ficarão acamados por longo tempo.
A embolia pulmonar interrompe a circulação de sangue numa parte do pulmão, o que faz aumentar a resistência à circulação do sangue e diminuir a área funcionante deste órgão.
Se a embolia for pequena isto pode até não ser percebido; se for maior pode até provocar morte súbita.
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