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sábado, 3 de novembro de 2012

Algumas informações sobre drogas!




Existem muitas pessoas com um desejo constante de alterar o estado de consciência recorrendo ao uso de drogas. Usam drogas estimulantes de modo a permanecerem acordadas e dançarem a noite inteira.

Outras usam sedativos para ficarem mais calmas, ou mesmo substâncias que lhes permitem experimentar novas formas de consciência e esquecer os problemas diários.

Todas as drogas interagem de modo particular com neurotransmissores e outros sistemas de mensageiros químicos.

Em muitos casos, as drogas tomam conta de sistemas cerebrais envolvidos no prazer e recompensa – processos psicológicos importantes no ato de comer, beber, relações sexuais e até aprendizagem e memória.

Algumas drogas que atuam no cérebro, ou no fornecimento sanguíneo ao cérebro, são extremamente importantes – como as drogas que aliviam a dor. O consumo de outras drogas “de recreio” tem objetivos bem diferentes, e podem levar à dependência. Com grande facilidade o consumidor pode tornar-se viciado ou até dependente.

Ele, ou ela, passa então a sofrer sintomas de sofrimento físico e psicológico quando interrompe o consumo de drogas. Este estado de dependência pode levar os consumidores a desejar a droga, apesar de com isto estarem a prejudicar o seu trabalho, saúde e família.

Em casos extremos,o consumidor pode afundar-se socialmente e dedicar-se ao crime para poder continuar a pagar a droga.

Felizmente nem toda a gente que consome drogas de recreio se torna dependente. As drogas diferem muito relativamente à capacidade de induzirem dependência – desde drogas de risco elevado, como a cocaína, heroína e nicotina, a drogas de baixo risco, como o álcool, canabis, ecstasy e anfetaminas.

No processo de desenvolvimento de dependência das drogas,o corpo e o cérebro adaptam-se lentamente à presença da droga.

Apesar dos locais de ação primária da heroína, anfetaminas, nicotina, cocaína e canabis serem todos diferentes, estas drogas partilham em comum a capacidade de promoverem a libertação do mensageiro químico dopamina, em algumas regiões do cérebro.

No entanto, a libertação de dopamina não implica necessariamente o desenvolvimento da sensação de “prazer”.

Pensa-se que a libertação de dopamina é um produto final comum a muitas vias de “prazer” no cérebro.

Representa o sinal que instiga a pessoa a procurar novamente a toma da droga.

Álcool

O álcool atua sobre mecanismos de ação de neurotransmissores de modo a diminuir a contribuição de processos excitatórios e potenciar atividade neuronal inibitória. Os efeitos do álcool vão desde estados de relaxamento e de bom humor, após o seu consumo, até à sonolência e perda de consciência.

Esta é a principal razão que leva à forte vigilância policial sobre os condutores que
consomem álcool, e justifica o seu apoio na opinião pública.

Algumas pessoas tornam-se muito violentas sob o efeito do álcool, e cerca de um em cada dez consumidores regulares tornam-se alcoólicos com dependência. O uso prolongado de álcool causa lesões no organismo, especialmente no fígado, e pode também provocar lesões irreversíveis no cérebro.

Mulheres grávidas que bebem álcool correm o risco de ter filhos com lesões cerebrais e baixos coeficientes de inteligência. Na Grã-Bretanha mais do que 30 000 pessoas morrem por ano em consequência de doenças provocadas pelo álcool.

Nicotina

A Nicotina é o ingrediente ativo nos produtos derivados do tabaco. A nicotina atua em receptores do cérebro que normalmente reconhecem o neurotransmissor acetilcolina, que
está associado a mecanismos cerebrais de vigília e alerta.

Em função disto, não é surpreendente que os fumadores digam que os cigarros melhoram a concentração e tenham ação calmante.

O maior problema é que a nicotina é uma substância que causa habituação. Assim, muitos fumadores continuam a fumar só porque a falta do tabaco lhes provoca sintomas desagradáveis devidos à dependência.

O prazer há muito que se perdeu...

Apesar de parecer que o fumo do tabaco não provoca lesões significativas no cérebro, o fumo do tabaco é extremamente destrutivo para os pulmões. A exposição prolongada ao fumo pode levar ao aparecimento de cancro do pulmão e também a outras doenças pulmonares e do coração.

Mais de 100.000 pessoas morrem por ano na Grã-Bretanha devido a doenças provocadas pelo tabaco.

Canabis

A canabis é uma substância intrigante pois atua em sistemas cerebrais que usam neurotransmissores quimicamente muito parecidos com a própria droga. Este sistema neuronal está envolvido no controlo muscular e na sensibilidade à dor.

Usada num contexto médico e racional, a canabis pode ser um fármaco muito útil. No entanto, em altas doses ou em administração mal controlada, a canabis pode provocar prazer e relaxamento, e pode ainda provocar estados próximos do sonho - alterações da
percepção dos sons, cores e da noção do tempo.

Não parece haver casos letais devidos à “overdose” com canabis. No entanto, alguns consumidores podem sofrer ataques de pânico após sobredosagem. A canabis foi utilizada, pelo menos uma vez, por quase metade da população britânica com menos de 30 anos.

Existem muitas pessoas que pensam que a canabis deveria ser legalizada - e através deste meio cortar as ligações entre o fornecimento desta droga e outras drogas muito mais perigosas.

No entanto, tal como no caso da nicotina, o fumo é a via de administração mais comum.

Assim, o fumo da canabis contém essencialmente a mesma mistura de tóxicos que o fumo do tabaco (e é normalmente fumada conjuntamente com tabaco).

Os fumadores de canabis são bastante susceptíveis a desenvolver doenças pulmonares, incluindo o desenvolvimento de cancro do pulmão – apesar de não haver provas definitivas para a última condição.

Cerca de cinco em cada dez consumidores pode tornar-se dependente, fato para o qual estão bem alertados os traficantes de droga.

O consumo regular em alta dosagem é incompatível com a condução de veículos e com trabalho intelectualmente exigente.

Foi demonstrado experimentalmente que pessoas intoxicadas com canabis apresentam grande deficiência na execução de tarefas intelectualmente complexas.

Apesar de ainda não estar provado, existem evidências de que o consumo pesado de canabis, em jovens mais susceptíveis, pode levar ao desenvolvimento de doenças mentais como a esquizofrenia.

Anfetaminas

As anfetaminas são compostos químicos sintetizados pelo homem e que incluem a “Dexedrina”, “Speed”, e o derivado da metanfetamina conhecido como “Ecstasy”. Estas drogas atuam no cérebro causando a libertação de dois neurotransmissores cerebrais.

Um é a dopamina – o que provavelmente explica o forte efeito das anfetaminas associado ao estado de alerta e de prazer. O outro é a serotonina – que se pensa contribuir para o efeito de “bem-estar” e de “ilusão” que podem incluir
alucinações.

A Dexedrina e o Speed levam à libertação de dopamina, ao passo que o Ecstasy leva à libertação de serotonina.

O d-LSD, que é um alucinogénio altamente potente,atua em mecanismos cerebrais normalmente utilizados pela serotonina. As anfetaminas são psicostimulantes potentes, mas potencialmente perigosos – especialmente em overdose.

Experiências em animais mostraram que o Ecstasy pode provocar uma redução, prolongada ou até definitiva, no número de células serotoninérgicas. Este efeito pode estar associado a “mid-week blues” sentidos por consumidores regulares de Ecstasy ao fim de semana. Em cada ano, morrem dúzias de jovens por tomarem Ecstasy.

Estados de psicose e medo semelhante a esquizofrenia podem ocorrer após consumo de Dexedrina e Speed.


Em outra ocasião continuaremos...

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