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terça-feira, 9 de outubro de 2012
Espondilolistese
Espondilolistese é o deslizamento de uma vértebra sobre a vértebra de nível seguinte, no sentido anterior, posterior ou lateral, provocando um desalinhamento da coluna, o que geralmente ocasiona dor ou irritação de raiz nervosa, com seus sintomas correspondentes, tais como alterações da sensibilidade, formigamento, dormência, etc.
Segundo a etiologia (origem), elas podem ser divididas em:
1. Displásica: malformação congênita que afeta a porção superior do sacro ou do arco da quinta vértebra lombar (L5).
2. Ístmica: quando afeta o istmo vertebral.
3. Degenerativa: quando ocasionada pelo processo degenerativo próprio do envelhecimento.
4. Traumática: ocasionada por um traumatismo que atinja a coluna vertebral.
5. Patológica: quando ocasionada por alguma patologia que atinja a coluna vertebral.
Quanto ao grau do deslizamento, elas costumam ser classificada em:
• Grau I: de zero a 25%.
• Grau II: de 25% a 50%.
• Grau III: de 50% a 75%.
• Grau IV: de 75% a 100%.
• Grau V: ptose vertebral. Esse deslizamento é mais comum nos níveis mais baixos da coluna, que são os que suportam os maiores pesos (geralmente entre a quarta e quinta vértebras lombares - L4 e L5).
A espondilolistese ocorre com maior frequência nas 4a e 5a vértebras lombares (L4 e L5) e, principalmente, em pacientes que participam de atividades que aumentam o estresse nesta região, como ginastas, dançarinos e jogadores de futebol.
A forma degenerativa da espondilolistese ocorre em idosos na maioria das vezes e é provocada pelo desgaste das articulações entre as vértebras, o que faz parte do quadro geral de degeneração da coluna com a idade.
É uma doença que corresponde a um defeito articular das vértebras, de natureza congênita ou ocasionada por lesões ocorridas na infância. Ela é a forma de espondilolistese mais frequente na infância e na adolescência.
As espondilolisteses traumáticas e patológicas podem ocorrer em qualquer momento da vida.
Dependendo do seu tipo e grau a espondilolistese pode gerar dor lombar, dor irradiada, dor nas pernas ao caminhar, formigamento, encurtamento dos músculos posteriores das pernas, perda de força e coordenação dos movimentos, incapacidade de andar.
O diagnóstico da espondilolistese deve começar por uma história clínica que leve em conta os sintomas do paciente e ser complementado pelas radiografias, pela tomografia computadorizada e/ou pela ressonância magnética da coluna vertebral.
O tratamento dessa enfermidade inicialmente visa aliviar a dor e, em princípio, deve ser fisioterápico, utilizando técnicas de fisioterapia manual, mesas de tração e descompressão e exercícios de musculação. Esse tratamento visa melhorar a mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão entre as vértebras, restituir o espaço para as raízes nervosas e fortalecer os músculos que sustentam a coluna vertebral.
As medicações analgésicas e até mesmo os bloqueios (injeções de anestésicos) de ramo nervoso (em casos graves) podem ser utilizados. Muitos casos parecem beneficiar-se da acupuntura. Também o Pilates individual bem orientado, associado a outros tratamentos, pode ser usado com sucesso.
Ela tem a 'vantagem' de não produzir impacto para as articulações.
Somente se deve recorrer à cirurgia nos casos mais graves e/ou naqueles em que os tratamentos conservadores não funcionarem. A cirurgia tem o objetivo de descomprimir os nervos pinçados e fixar a vértebra deslizante. Para essa fixação usam-se parafusos de titânio.
A evolução da espondilolistese depende da sua natureza e de sua causa. Ela pode estabilizar-se no nível em que se encontra e não gerar sintomas, ser sintomática desde o início ou evoluir com dor e prejuízos funcionais.
Em casos em que haja dores e/ou repercussões funcionais significativas e resistentes aos tratamentos conservadores, impõe-se a cirurgia.
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