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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Palavrões




Parece que todos os idiomas têm palavrões em sua estrutura e são sons que servem para comunicar insultos, injúrias e conteúdos carregados de ofensas ou emocionalmente ofensivos.

Seu significado pode ser dito de uma forma mais adequada, mas as pessoas muitas vezes realmente preferem dizer em alto e bom tom algo mais perverso e realmente ofensivo.

Dois pesquisadores ingleses pediram a voluntários adequadamente informados para ler em voz alta os dois palavrões dos mais ofensivos em língua inglesa, 'fuck' e 'cunt', além de seus respectivos eufemismos 'f-word' e 'c-word', enquanto a reação emocional de cada voluntário era aferida em aparelho que lembra o detetor de mentiras.

O resultado demonstrou o que se esperava: ao falar a palavra de modo mais suave a resposta emocional era modesta e a leitura dos palavrões propriamente ditos causou uma reação até quatro vezes mais forte.

Interessante que o recurso de 'maquiar' o significado cumpre a função e, ainda assim, causa menor reação orgânica naquele que pronuncia. São, portanto, mais 'neutros'.

Os palavrões são, então, carregados de conteúdo emocional,que desperta reações autonômicas mesmo que estejam fora de um contexto, por estarem ligados a um processo de formação emocional anterior.

As evidências neurocientíficas demonstram que há estímulos em determinadas áreas do cérebro quando eles são pronunciados, ou mesmo pensados. Esta área é chamada de córtex cingulado ou córtex 'motor emocional'.

Palavrões estrangeiros produzem impactos menores e são mais 'confortáveis' do que quando são ditas as mesmas palavras no idioma original da pessoa.

Eles, os palavrões, têm grande impacto social, construtiva ou destrutivamente e também têm utilidade quando se está sozinho para aliviar tensões. Ao bater a canela, por exemplo, você certamente soltará um sonoro palavrão como forma de alívio, Dificilmente você dirá que a cama onde você bateu a canela é 'malvada'.

Mas, palavrões sociais precisam de um contexto e não precisam ser ditos de modo constante, pois quem assim age acaba caindo em processo de vulgarização. Quando contextualizados, podem até dar vida a um diálogo, quando usados de modo persistente fazem que o interlocutor possa até mesmo perder a credibilidade.

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