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sábado, 14 de julho de 2012
Hérnias cerebrais
Hérnias cerebrais são hérnias caracterizadas pelo avanço do tecido encefálico, líquido cefalorraquidiano (ou líquor) e vasos sanguíneos para cavidades cranianas não originais, para o exterior da caixa craniana ou para o forame magno (abertura do osso occipital localizada no centro da fossa posterior do crânio que conecta o cérebro com a medula espinhal).
As hérnias cerebrais, em geral, são um efeito colateral do aumento da pressão intracraniana, mas algumas vezes ocorrem por um defeito congênito da formação do cérebro (encefalocele). A hipertensão intracraniana pode ocorrer por um aumento da massa cerebral (hematomas, hidrocefalia, abscessos, tumores, etc.), sendo agravada pela presença de um edema cerebral associado ou por fatores que atuem de forma difusa, como anóxia e processos inflamatórios.
Os sintomas da hipertensão intracraniana dominam o quadro clínico das hérnias cerebrais. Eles se caracterizam basicamente por cefaleia que envolve toda a cabeça, vômitos em jato e edema de papila. Além dessa tríade clássica, podem ocorrer confusão mental ou coma, crises convulsivas e sinais deficitários localizados, de acordo com a área atingida pela lesão como, por exemplo, hemiplegia, afasia e hemianopsia. Devido a esse aumento da pressão intracraniana, quase sempre o suprimento sanguíneo de parte do cérebro é interrompido, levando à morte.
O diagnóstico de uma hérnia cerebral se baseia tanto na história clínica do paciente, quanto no exame neurológico. Os sintomas de hipertensão endocraniana servem como um indicativo. A pressão intracraniana pode ser medida por meios objetivos. Os exames de imagem, sobretudo a ressonância magnética, ajudam substancialmente no diagnóstico.
Elas são uma emergência médica e, com o fim de neutralizar ou prevenir o efeito delas, o médico deve procurar diminuir a pressão intracraniana e a inflamação no cérebro. Ele procura fazer isso por vários meios, tais como a colocação de dreno para extrair o líquido, se for o caso; uso de corticosteroides, para reduzir o edema; medicamentos para eliminar líquidos do corpo, como manitol ou diuréticos; intubação traqueal e aumento da frequência respiratória para reduzir os níveis de dióxido de carbono no sangue; extração (geralmente cirúrgica) do sangue que esteja elevando a pressão intracraniana.
A evolução das hérnias cerebrais depende da sua natureza e da sua causa, bem como do lugar no cérebro em que a hérnia se apresentou. Muitas vezes, uma hérnia cerebral causa um acidente cerebrovascular grave, podendo haver danos a partes do cérebro que controlam a respiração e o fluxo sanguíneo e levar a problemas neurológicos e ao coma irreversível. Se as hérnias não forem tratadas com urgência, a morte é bastante provável.
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