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quarta-feira, 23 de maio de 2012
Septicemia
Septicemia é a invasão sanguínea de todo o organismo por germes patogênicos provenientes de um foco infeccioso pré-existente. É chamada de "infecção generalizada".
Quais são as causas da septicemia?
A septicemia pode se desenvolver a partir de qualquer foco infeccioso por bactérias, vírus ou fungos (pneumonias, infecção do trato urinário, meningite, abscessos, etc.) ou de cirurgias em ambientes contaminados por esses agentes.
Quais são os sinais e sintomas da septicemia?
Os sintomas da septicemia dependem da gravidade da infecção. Muitas vezes as manifestações da enfermidade podem demorar horas ou dias ou às vezes pode deixar o paciente inconsciente rapidamente.
Dependendo da gravidade há febre alta, fraqueza, enjoos, vômitos, diarreia, tremores, arrepios, taquipneia, taquicardia, instabilidade da pressão arterial, alteração do nível da consciência, convulsões, alterações da circulação periférica, manifestações cutâneas, diminuição da urina, hipoglicemia, hipocalcemia e coagulação intravascular disseminada. Como a septicemia afeta todos os órgãos do corpo, há muitos outros sintomas originados em cada órgão afetado. Como podem surgir infecções à distância do foco original, afetando e mesmo causando abscessos em vários órgãos (pulmão, coração, rins, cérebro etc.), os sintomas são relativos ao local da infecção.
Como o médico diagnostica a septicemia?
Radiografias e tomografias computadorizadas podem ajudar no diagnóstico, que deve ser complementado pela punção lombar e pela análise de sangue e urina, quando necessários. As culturas feitas nesses materiais orgânicos permitem identificar o micro-organismo causador e qual o antibiótico mais adequado para cada caso. Devem ser feitos frequentes exames de sangue para acompanhar a evolução e as possíveis complicações da doença.
Como é o tratamento da septicemia?
O tratamento de base é feito com antibióticos. O exame para identificar o micro-organismo causador e determinar qual antibiótico é mais adequado demora cerca de quatro dias para ser liberado. Nesse tempo, o doente deve tomar o antibiótico prescrito pelo médico, o qual se baseia, para sua hipótese etiológica, no local de onde partiu a infecção. Após a liberação do resultado das culturas, ele continuará ou mudará sua conduta, conforme os dados indicarem.
Devido à gravidade da septicemia, ela quase sempre é tratada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde os sinais vitais são monitorados continuamente e são melhor dispensados os cuidados gerais a cada um dos pacientes. Por vezes pode ser necessário alimentar o paciente por uma sonda nasogástrica, realizar hemodiálise ou usar um respirador artificial. No mínimo, faz-se necessário um acesso venoso para a administração de líquidos e sais minerais, de alimentação parenteral e de medicamentos. Também devem ser adotados cuidados especiais com a circulação venosa dos membros inferiores, para prevenir flebites e tromboses.
Como evoluem as septicemias?
Antigamente a maior parte das pessoas com septicemia morria. Mais recentemente, com a descoberta de novos antibióticos e a melhoria dos cuidados hospitalares, esse número reduziu-se muito. Contudo, a septicemia continua sendo uma condição grave, com uma elevada taxa de morte, sobretudo em pacientes imunodeprimidos e/ou idosos.
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