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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Otites.





Otites são inflamações do ouvido, patologia bastante comum em crianças pequenas.

As otites podem ocorrer por inflamação da pele do conduto auditivo (orelha externa), sendo chamadas de otite externa, ou por inflamação da cavidade conhecida como ouvido ou orelha média, recebendo o nome de otite média.


O ouvido é dividido em ouvido externo, médio e interno.

• O ouvido externo é constituído pelas orelhas e canal auditivo externo. Ele capta e amplifica os sons, dirigindo-os ao tímpano - membrana que separa o ouvido externo do ouvido médio.
• O ouvido médio é constituído por uma câmera aérea no interior do osso temporal do crânio, na qual existem três ossículos articulados: o martelo, a bigorna e o estribo. Estes ossículos captam os estímulos chegados ao tímpano e os conduzem ao ouvido interno. O ouvido médio comunica-se com as cavidades nasais através da trompa de Eustáquio (ou tuba auditiva), que tem a função de equilibrar a pressão entre o ouvido médio e o meio ambiente.
• O ouvido interno é muito integrado ao cérebro e é constituído pelo labirinto, órgão responsável pelo equilíbrio e pela transformação dos estímulos captados em impulsos nervosos.

As otites externas geralmente são causadas por umidade excessiva e traumatismos por cotonete ou outros objetos inseridos no ouvido. É uma doença extremamente dolorosa.

As otites médias normalmente envolvem a trompa de Eustáquio, estrutura que liga a orelha média à parte mais profunda do nariz, a nasofaringe. Secreções nasais infectadas podem passar pela tuba auditiva e chegar ao ouvido médio, gerando inflamação. Este tipo de otite geralmente ocorre após gripes, resfriados, infecções na garganta ou infecções respiratórias.

As otites médias podem ser agudas ou crônicas, episódicas ou de repetição. Os sintomas mais comuns da otite média são: dor muito forte, febre alta, diminuição da audição e do apetite e secreção local, quase todos devidos à pressão exercida pelo acúmulo de pus. Este acúmulo de secreção pode ser tão intenso que leva à ruptura da membrana timpânica (otite média aguda supurada). Em casos mais severos, a otite média pode ter como consequência a perda da audição, se não for tratada adequadamente.

O diagnóstico das otites baseia-se na análise dos sinais e sintomas clínicos e no exame do ouvido com aparelhos específicos como o otoscópio e o microscópio.

A otite externa geralmente é tratada com medicamentos tópicos, ou seja, pomadas específicas ou gotas otológicas aplicadas no ouvido externo.

O tratamento das otites médias envolve o uso de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos. A melhoria dos sintomas geralmente ocorre dentro de três dias. Às vezes, se faz necessária uma punção do pus coletado atrás do tímpano, que é feita por meio de uma pequena incisão nessa membrana, a qual posteriormente se refaz de maneira espontânea.

Em crianças abaixo de 2 anos de idade e pacientes com febre, o uso de antibióticos quase sempre é necessário para alívio sintomático e prevenção das complicações das otites médias. Mas a maioria dos casos, principalmente em adultos, pode ser tratada com analgésicos e anti-inflamatórios. O médico (clínico geral, pediatra ou otorrinolaringologista) deve avaliar qual o melhor medicamento a ser usado em cada caso.


Quais são os cuidados que podem ser tomados para evitar as otites?

• Evitar o uso de cotonetes que podem empurrar a cera para o interior do ouvido ou mesmo perfurar o tímpano.
• Usar protetores de ouvido quando for nadar.
• Limpar com frequência as secreções nasais ou da garganta para que elas não se acumulem e subam para o ouvido.
• Em caso de resfriados, gripes ou rinites, lavar as narinas com soro fisiológico várias vezes ao dia.
• Nunca amamentar um bebê deitado (sempre sentado ou recostado), pois isso facilita que o leite ascenda pela trompa.
• Não introduzir objetos no ouvido para limpá-lo ou coçá-lo.
• Enxugar bem a orelha após o banho.
• Não fumar próximo às crianças.
• Controlar doenças alérgicas e inflamatórias que acometem as fossas nasais.
• Tratar o refluxo gastroesofágico de crianças.
• Se possível, manter crianças menores de 2 anos fora de creches.

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