Pesquisar este blog

sábado, 10 de dezembro de 2011

Cálculo renal





Cálculos renais, litíase urinária, litíase renal, nefrolitíase, urolitíase ou, popularmente, pedras nos rins, são concreções (formação de cristais) de sais minerais ou outras substâncias que podem se formar nos rins ou na bexiga e que podem migrar pelas vias urinárias, causando dor intensa e complicações graves. Eles podem alcançar tamanhos variados, indo desde pequenos grãos até o tamanho do próprio rim. Na maioria das vezes eles aparecem devido a problemas metabólicos e têm uma elevada taxa de recorrência.

Cerca de 70 a75% dos cálculos renais são formados por precipitações de cálcio. A urina tem uma formação química variável, mas geralmente é uma solução saturada ou supersaturada e, por isso, passível de dar origem a cálculos renais, mediante diversos processos físico-químicos. Uma classe especial de cálculos é aquela constituída por cálculos secundários a infecções.


Nem sempre é fácil determinar as causas exatas da formação dos cálculos renais. Parece haver um componente genético na formação de um grande número de cálculo renal.
Embora certos alimentos possam promover a formação de cálculos, os cientistas não acreditam que algum tipo de alimento possa causá-los em pessoas não susceptíveis.

Certas infecções urinárias, bem como distúrbios renais e metabólicos também estão relacionados à formação de cálculos. Nos lugares de clima quente, a desidratação é um importante fator de risco. Certos diuréticos, antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina. Outras causas de cálculo renal são gota, excesso de ingestão de vitamina D e obstrução do trato urinário.

Se o cálculo for muito pequeno, pode passar despercebido e ser eliminado pela urina sem causar sintomas. Cálculos maiores, enquanto estejam albergados pelo parênquima renal ou pelas vias urinárias, podem também ser assintomáticos, mas se começarem a migrar por elas produzem dor muito intensa.

Essa dor geralmente é de início brusco, localiza-se na região lombar alta e irradia para os flancos, costas, região pélvica, grandes lábios (na mulher) e testículos (nos homens), quase sempre acompanhada de náuseas e vômitos e, eventualmente, febre. Pode ocorrer, também, dor ao urinar ou a presença de sangue na urina.

Além dos sintomas clínicos, os cálculos renais aparecem nas radiografias simples de abdome, nas ultrassonografias e nas tomografias renais, capazes de fornecer informações sobre o tamanho e a localização dos cálculos. O exame de urina quase sempre revelará a presença de sangue.


O tratamento deve ser buscado prontamente, pela possibilidade de ocorrerem complicações sérias.
Em um primeiro momento, consistirá em aliviar a dor por meio de potentes analgésicos e relaxantes musculares. Várias medicações vêm sendo tentadas com a intenção de dissolver alguns cálculos, mas os resultados são inseguros e dependem da composição química do cálculo.

A litotripsia consiste na fragmentação de cálculos renais pela emissão de ondas sonoras de choque e a posterior eliminação deles por via urinária. Muito utilizada num passado recente, vem sendo restringida em alguns países devido aos riscos de efeitos colaterais indesejáveis no longo prazo (diabetes, hipertensão), devido ao efeito das ondas de choque sobre o pâncreas e os rins. Há também procedimentos endoscópicos que podem ser tentados em casos específicos. Em alguns casos a cirurgia pode estar indicada.

Como prevenir os cálculos renais?

• Quem já teve um cálculo renal sempre estará susceptível à formação de novos cálculos. Daí a importância de medidas de prevenção. Pacientes com grande tendência à recorrência de cálculos renais devem proceder a uma análise metabólica na tentativa de determinar as possíveis causas dessa formação de cálculos e, se possível, evitá-las.

• Ingerir no mínimo de 2 a 3 litros de líquido por dia, preferencialmente água.

• Pessoas com cálculos formados por oxalato de cálcio devem restringir o uso de certos alimentos como chocolates, café, refrigerantes do tipo cola, nozes, beterraba, espinafre, morango e chá.

• Manter a urina asséptica (livre de bactérias) tanto quanto possível. Para tal, devem ser realizados exames regulares de urina.

• Medicamentos específicos para prevenir a recorrência dos cálculos podem ser utilizados em alguns casos.

• A prevenção de novos cálculos deve ser feita pelo resto da vida.

Nenhum comentário: