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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Embolia Pulmonar (EP)




A embolia pulmonar é definida como a obstrução das artérias dos pulmões por coágulos (trombos) que se desprendem das veias com trombose venosa. Com isso os pulmões perdem grandes áreas de oxigenação do sangue, levando a graves alterações do funcionamento do organismo por falta de oxigênio, chegando mesmo até a morte.

A principal causa da EP é a trombose venosa profunda dos membros inferiores, superiores e pélvica (80%). Outras causas incluem: embolia gordurosa, por trauma e/ou fratura de ossos longos; embolia aérea, causada por cateteres venosos centrais e câncer.

Os fatores de risco associados à EP são:

traumas (acidentes);
grandes cirurgias;
insuficiência cardíaca;
muito tempo imobilizado;
queimados;
câncer;
gravidez;
anticoncepcionais;
obesidade e
alterações sanguíneas da coagulação.
Os pacientes com embolia pulmonar apresentam como queixas principais:

a dor no tórax;
falta de ar;
respiração acelerada;
alteração da cor nas unhas (azulada, chamada de cianose de extremidades);
alterações da pressão sanguínea e
eventualmente a perda de conciência.
Existe um exame laboratorial muito importante para o diagnóstico da embolia pulmonar que se chama D-dímero. É um dos principais exames que se faz no Pronto-Socorro para identificar a embolia. Se ele vier positivo, outros exames serão necessários e o tratamento iniciado imediatamente.

O diagnóstico por imagem se faz através de um exame muito especializado, chamado scanning nuclear ventilação/perfusão, que estuda a circulação do sangue nas artérias dos pulmões e a passagem do oxigênio por todas as regiões pulmonares, procurando áreas onde existam alterações destas duas funções. A arteriografia pulmonar e a tomografia computadorizada espiral também são exames que podem ser utilizados no diagnóstico da embolia pulmonar.
O tratamento convencional para a EP continua a ser a heparinização sistêmica seguida de anticoagulação oral. As técnicas endovasculares de trombólise fármaco-mecânica são reservadas aos pacientes com graves alterações da circulação sanguínea e da pressão sanguínea, associadas a embolias de diversas regiões pulmonares (embolia maciça). Nestes casos, os índices de sucesso e sobrevida dos pacientes tratados com técnicas endovasculares são significativamente superiores ao tratamento tradicional.

Importante também é a decisão de se implantar um filtro de veia cava, que "filtra" o sangue que vem dos membros inferiores/pelve, protegendo os pulmões de novos coágulos e, portanto de novo episódio de EP. Existem filtros permanentes e temporários.

3 comentários:

Erixiki disse...

MUito obrigado dr. pelo artigo.
Tive uma embolia pulmonar com a idade de 23 anos, faz 1 ano e meio. Desde aí tneho me sentido bem, contudo pretendo partilhar a experiência com pessoas que tenham passado por algo semelhante, por isso, decidi criar um blog, onde seja possivel exprimir-me e conhecer outras pessoas na mesma situação.

http://emboliapulmonarcardiologia.blogspot.com/2011/08/embolia-pulmonar.html

Obrigado

jessica disse...

Oi doutor!
tenho uma duvida tive embolia pulmonar a 4 meses estou fazendo tratamento com varfarina mais faz tres das q estou com falta de ar as vezes consigui respirar fundo mais tem vezes q não,mais ñ sinto dor sera q pode ser embolia novamente?

Carlos Alberto Rey disse...

O maior risco de uma embolia pulmonar é outra embolia pulmonar. Seria bom ir ao médico regularmente.