Uma descoberta pode ajudar a explicar por que a obesidade aumenta o risco de problemas crônicos, como doenças cardiovasculares e diabete.
O estudo, publicado na revista BMC Medicine, pode contribuir no futuro para identificar pessoas em risco e reduzi-lo, de acordo com a dra. Wang Xiaoling, epidemiologista genética no Instituto de Prevenção da Faculdade de Medicina da Geórgia (EUA).
Perder gordura é muito difícil. Sabemos também que ela causa muitas doenças, por isso busca-se identificar o que ocorre no organismo e focar nisso para reduzir as enfermidades.
A gordura costumava ser vista essencialmente como uma fonte de preenchimento corporal e de energia pronta, mas os cientistas estão aprendendo que ela funciona mais como uma fábrica de produtos químicos e compostos como hormônios e proteínas. Pesquisas que compararam grupos de adolescentes obesos e magros encontraram níveis mais elevados de uma alteração química chamada de metilação em uma parte do gene UBASH3A e níveis mais baixos em parte do gene TRIM3.
Ambos são conhecidos por seus papéis na regulação do sistema imunológico, que é muitas vezes desequilibrado em indivíduos obesos. Esse mau funcionamento pode resultar em um nível de inflamação crônica que contribui para doenças cardiovasculares, diabete e câncer. A metilação afeta a função imunológica ao atingir os níveis de expressão dos genes, o que em última análise impacta as atribuições das proteínas produzidas por eles.
É preciso conhecer os caminhos da doença para encontrar novos medicamentos. Em geral, sabe-se que as pessoas obesas têm uma desregulação da função imune, mas era conhecido o lugar específico.
O trabalho inicial era amplo: uma tela com o genoma de sete adolescentes obesos e sete magros, o que permitiu identificar os genes mais diferentes entre os dois grupos. Foram classificadas as modificações e, em um estudo maior, com 46 obesos e 46 magros, foram focados os mesmos locais de seis genes principais e encontrado novamente um padrão de metilação distinto no UBASH3A e no TRIM3.
Procura-se, agora esclarecer se a gordura causa as mudanças no DNA ou vice-versa, e confirmar se essas alterações contribuem para a disfunção imunológica associada à obesidade.
Tem sido observado que a obesidade não necessariamente leva a doenças relacionadas, mas é importante ter uma maneira não só de intervir, como também de identificar aqueles com maior risco. Fatores como exercícios, forma física e ambiente provavelmente também influenciam no aparecimento de doenças.
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