Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nova superbactéria no sul da Ásia e no Reino Unido preocupa cientistas.

Turistas que viajaram ao sul da Ásia com o objetivo de fazer cirurgias estéticas levaram consigo para o Reino Unido um novo tipo de bactéria mutante, resistente a antibióticos, anunciaram nesta quarta-feira (11) cientistas, que temem que o problema se espalhe pelo mundo.

Muitas infecções hospitalares que já eram difíceis de ser tratadas tornaram-se ainda mais resistentes aos medicamentos em consequência de uma enzima descoberta recentemente e que deixa a bactéria muito resistente.

A enzima chamada de NDM-1 foi identificada pela primeira vez ano passado pelo professor Timothy Walsh, da Universidade de Cardiff, em dois tipos de bactéria - Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli (E.coli) - em um paciente sueco internado em um hospital da Índia.

As bactérias NDM-1 são resistentes até ao 'carbapenem', um grupo de antibióticos utilizado como última tentativa em tratamentos de emergência contra bactérias resistentes a muitos remédios.

Os cientistas afirmaram que as bactérias foram introduzidas no Reino Unido por pacientes que viajaram a Índia e Paquistão para fazer cirurgias estéticas.

Se estas infecções continuassem sem o tratamento apropriado, com certeza poderíamos esperar algum tipo de mortalidade. Vai ser muito difícil tratar as infecções nos pacientes com este tipo de bactéria.

No estudo, coordenado pela Universidade Karthikeyan Kumarasamy de Madras, os cientistas tentaram determinar a presença da NDM-1 no sul da Ásia e no Reino Unido.

Examinando pacientes com sintomas suspeitos em hospitais, eles detectaram 44 casos - 1,5% dos pesquisados - em Chennai, e 26 (8% dos pesquisados) em Haryana, cidades da Índia.

Também encontraram a superbactéria em Bangladesh e no Paquistão, assim como 37 casos no Reino Unido, alguns em pacientes que haviam retornado recentemente de cirurgias estéticas na Índia e Paquistão.

"A Índia também é responsável por cirurgias estéticas de outros cidadãos europeus e americanos, e é provável que a NDM-1 se espalhe pelo mundo", afirma o estudo, publicado na na revista médica britânica Lancet.

Nenhum comentário: