Sintomas simples e muitas vezes negligenciados, como mudanças nos hábitos intestinais, anemia e sangramento nas fezes, podem ser sinais do terceiro tipo de câncer mais comum no mundo: o colorretal.
O fato de muita gente não valorizar esses sintomas, aliado ao de que muitas vezes esse tipo de câncer é assintomático, faz com que esses tumores sejam descobertos muito tarde, como mostra um levantamento recém-concluído pela Secretaria de Estado da Saúde.
Os dados mostram que só 13% dos pacientes com câncer colorretal são diagnosticados na fase inicial da doença. Foram analisados 2.636 novos casos registrados no ano de 2007 -as informações mais novas disponíveis-, detectados e tratados em um grupo de hospitais públicos do Estado, o que corresponde a 6,9% do total de casos de câncer computados.
Quanto mais cedo esse tipo de câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Até 90% das pessoas melhoram quando o tumor é descoberto no início. Segundo a pesquisa, 55% dos casos são diagnosticados na fase avançada.
Não há uma política pública nacional de rastreamento do câncer colorretal e isso está sendo estudado.
Pessoas que têm a síndrome de Lynch, um defeito genético, têm 80% de chance de ter câncer de intestino e deveriam fazer uma colonoscopia a cada dois anos a partir dos 25 ou 30 anos. A polipose familiar também aumenta o risco. Nos portadores, o exame deve ser feito por volta dos 12 anos e repetido a cada dois ou três anos.
Parentes de pacientes que tiveram câncer de intestino também têm risco maior -o ideal é que, se o pai ou a mãe tiver tido a doença, a pessoa faça o exame a partir dos dez anos a cada três ou cinco anos.
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