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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

TOC

TOC é abreviação de transtorno obsessivo-compulsivo (quem não sabe? dããã!!).

Mais propriamente falando:

As características essenciais do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) são obsessões ou compulsões recorrentes e suficientemente graves para consumirem tempo ou causar sofrimento acentuado à pessoa. Leigamente diz-se que a pessoa tem várias "manias" e que é esquisito ou estranho mas, normalmente, o portador de TOC sabe que suas "manias", obsessões ou compulsões são excessivas ou irracionais.

Obsessões são pensamentos ou idéias (p. ex. dúvidas), impulsos, imagens, cenas, que invadem a consciência de forma repetitiva, persistente e estereotipada seguidos ou não de rituais destinados a neutralizá-los. São experimentados como intrusivos, inapropriados ou estranhos pelo paciente em algum momento, ao longo do transtorno, causando ansiedade ou desconforto acentuados. A pessoa tenta resistir a eles, ignorá-los ou suprimi-los com ações ou com outros pensamentos, reconhecendo-os, no entanto, como produtos de sua mente e não como originados de fora. Não são simplesmente medos exagerados relacionados com problemas reais.

Compulsões são comportamentos repetitivos (p.ex.lavar as mãos, fazer verificações), ou atos mentais (rezar,contar, repetir palavras ou frases) que a pessoa é levada a executar em resposta a uma obsessão ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os comportamentos ou atos mentais são destinados a prevenir ou reduzir o desconforto gerado pela obsessão, prevenir algum evento ou situação temidos e em geral não possuem uma conexão realística ou direta com o que pretendem evitar, ou são claramente excessivos.

Uma variedade de anormalidades biológicas têm sido associadas ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo na tentativa de estudar-se as causas desse transtorno. Nascimentos traumáticos sugerindo papel importante de um sofrimento cerebral precoce comumente fazem parte da história de tais pacientes. Há também, por outro lado, uma concordância significativa entre a ocorrência de sintomas obsessivo-compulsivos e a epilepsia do lobo temporal, bem como o aumento de atividade metabólica no giro orbital esquerdo, constatado pela tomografia por emissão de pósitrons nos pacientes diagnosticados como Obsessivo-Compulsivo.

A Ciência deixa de lado, entretanto, as questões de cunho espiritual, como agente acusal do TOC, por julgar algo por demais imponderável para levar em consideração, ou ainda, por acreditar não haver seriedade nas subjetivas questões "toquianas", quando se reflete a respeito de "intromissões" do pensamento que impõem, através do medo, o culto a comportamentos equivocados e intensamente repetitivos, sem qualquer tipo de objetivo prático, exceto "proteger" algo ou alguém de uma perda ou agressão.

Recentemente as pesquisas genéticas têm apontado também para uma alteração cromossômica envolvida nessa questão. A observação de que em algumas alterações neurológicas, como por exemplo a epilepsia do lobo temporal, coréia de Sydenhan, Parkinson pós-encefalites, Síndrome de Giles de la Tourette, com muita freqüência ocorrem obsessões e compulsões, bem como os avanços na neurofarmacologia, através da boa resposta do TOC a antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina, tem levado a se pesquisar cada vez mais as bases biológicas deste transtorno.

Certamente, um dia, a Ciência abrirá os olhos para as questões de ordem espiritual, pois irá perceber que o fundamento dos problemas orgânicos nascem das questões de causa-e-efeito na Vida Plena do Ser Espiritual que habita transitoriamente o corpo em uma de suas experiências na carne. Isto, levará a Ciência e ver o Ser Humano como alguém integral, inter-Vidas, que nasce e renasce com dificuldades inerentes ao seu comportamento, às suas aquisições de muitas experiências experimentadas não somente em um único momento como uma passagem, mas nas sucessõe de várias delas, em muitas reencarnações.

Numerosas pesquisas sugerem fortemente um envolvimento da serotonina, um neurotransmissor, na fisiologia do TOC. Esses estudos se baseiam nas respostas terapêuticas de 40 a 60% dos pacientes tratados com antidepressivos que proporcionam a recaptação de serotonina (5HT), tais como a Comipramina, a Fluoxetina, a Fluvoxamina, a Sertralina (veja em tratamentos e em farmacologia). Por outro lado, tricíclicos menos serotonérgicos, como a desipramina, são ineficazes.

Isto, que é hoje chamado de causa para o TOC, será chamado de efeito, pois não passa disso, já que é resultado do mapeamento genético implantado nas células germinativas, quando da fecundação, por conta da carga magnética, energética e espiritual do Ser reencarnante. Podemos ler sobre isto na Obra de André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xavier, de nome "Missionários da Luz".

A intromissão indesejável de um pensamento no campo da consciência de maneira insistente e repetitiva, reconhecido pelo indivíduo como um fenômeno incômodo e absurdo, é denominado de Pensamento Obsessivo. Portanto, para que seja Obsessão é necessário o aspecto involuntário das idéias, bem como, o reconhecimento de sua conotação ilógica pelo próprio paciente, ou seja, ele deve ter crítica sobre o aspecto irreal e absurdo desta idéia indesejável.

Como se pode crer que, simplificadamente, o cérebro seja o causador de uma série de pensamentos contrários aos pensamentos da pessoa portadora de uma patologia como esta, graças a reações neuro-químicas e intercâmbio neuronais? Como materializar questões tão simples, devidas a inteligências alheias ao doente, que impulsionam-no a tomar atitudes, a ter gestos opostos à sua vontade? Deverá ser possível, no futuro, que a Ciência reconheça que se trata de um ser a parte, que aborda o doente, contrangendo-o, por causa de uma desavença, de uma predisposição entre ambos, e reconhecendo a existência de Vida após a Vida, de Seres Espirituais desprovidos de corpo físico que se expressam "intra-mente", através das ondas mentais, para gerar o desequilíbrio manifesto pelo TOC.

As Obsessões estão tão enraizadas na consciência que não podem ser removidas simplesmente por um aconselhamento razoável, nem por livre decisão do paciente. Elas parecem ter existência emancipada da vontade e, por não comprometerem o juízo crítico, os pacientes têm a exata noção do absurdo de seu conteúdo mental.

Assim, a Ciência reconhece que há "algo" que interfere no livre arbítrio do paciente, mas não infere em abordar efetivamente a existência de seres invisíveis para seus olhos, materializando o evento, como sendo resultado de reações químicas cerebrais. Curioso...

Em maior ou menor grau, as Idéias Obsessivas ocorrem em todas as pessoas, notadamente quando crianças.

As idéias obsessivas podem aparecer, por exemplo, como uma musiqueta conhecida que "não sai da cabeça", ou a idéia de que pode haver um bicho debaixo da cama, ou que o gás pode estar aberto apesar da lógica sugerir estar fechado. Em crianças aparecem como um certo impedimento em pisar nos riscos da calçada, uma obrigatoriedade em contar as árvores da rua ou os carros que passam, etc. Estas idéias obrigatórias, quando exageradas e promovedoras de significativa ansiedade ou sofrimento, constituem quadro patológico.

A temática das Idéias Obsessivas pode ser extremamente variável, entretanto, em grande número de vezes diz respeito à higiene, contaminação, transmissão de doenças, bactérias, vírus, organização ou coisas assim.

É muito freqüente também a existência de Idéias Obsessivas sobre um eventual impulso suicida, como por exemplo saltar da janela de edifícios, ou em ser acometido subitamente por impulsos de agressão e ferir pessoas, principalmente os filhos.

Neste último caso a obsessão está justamente em acreditar que, diante de um mal estar súbito, a pessoa venha a perder o controle e executar, impulsivamente, aquilo que sugere tais idéias.

São muitos os exemplos de pessoas que adotam uma conduta excêntrica motivadas pela obsessão da contaminação ou pelo medo continuado de contágio diante de qualquer coisa que lhes pareça suspeita. Há ainda, casos de pessoas que se sentem extremamente desconfortáveis quando próximas de objetos pontiagudos, facas, foices, etc, devido a idéia indesejável de que podem, repentinamente e misteriosamente, perder o controle e matar uma pessoa querida.

Desta feita, a Obsessão é um processo mental que tem caráter forçado, uma idéia associada a um sentimento penoso que se apresenta ao espírito de modo repetido e incoercível. São idéias impostas ao psiquismo, incômodas e sentidas como involuntárias, as quais entram na mente contra uma resistência consciente.

E as Fobias? (Medos)

A similaridade entre Obsessões e Fobias foi observada já em 1878 por Westphal, criador do termo Fobias Obsessivas. Seriam medos que dominam a consciência, apesar da vontade do paciente que não consegue suprimi-los, embora reconheça-os como anormais.

Aliás , vê-se muito bem, nos exemplos práticos, o componente de medo que normalmente acompanha as idéias Obsessivas. A Obsessão de doença e contaminação pode ser entendida como uma Fobia de doença, uma ruminação mental sem fim em torno da possibilidade de sofrer qualquer tipo de doença.

Ainda que o fenômeno obsessivo seja distinto do fenômeno fóbico, é sempre bom ter em mente que ambos podem ser faces distintas de uma mesma moeda ou, o que mais provavelmente poderia ser, a fobia originando obsessão e vice-versa.

E o tratamento?

Há uma necessidade iminente de se dar melhores condições orgânicas para que o paciente possa estruturar melhor seus pensamentos e suas idéias. Os medicamentos habitualmente usados são aqueles citados anteriormente, como a Fluoxetina ou a Sertralina em suas variadas apresentações comerciais.

Entretanto, tenho observado, na prática clínica um resultado interessante, em alguns casos, quando prescrito um neuroléptico (os antipsicóticos ou neurolépticos são medicamentos inibidores das funções psicomotoras, como é o caso da excitação e da agitação. Paralelamente eles atenuam também os distúrbios neuropsíquicos ditos psicóticos, tais como os delírios e as alucinações. São substâncias químicas sintéticas, capazes de atuar seletivamente em células nervosas que regulam os processos no homem e a conduta em animais)que atua sobre o foco psicótico do quadro, por que, convenhamos, o comportamento do TOC é claramente psicótico - fuga da realidade. Mas não se pode prescindir dos tratamentos espiritual e psicoterápico, de modo algum, pois formam o tripé que poderá levar o indivíduo à melhora e, talvez, à cura.

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