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sexta-feira, 21 de março de 2008

CONVULSÃO


Sinônimos e nomes populares:epilepsia, ter um ataque, finar-se; desmaio com tremor.

O que é?
Epilepsia é uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga para todas as regiões do encéfalo e leva a uma alteração de toda a atividade cerebral. A convulsão é uma das tantas formas de epilepsias. Outros indivíduos apresentam alteração de comportamento, falando coisas sem sentido.

Para que haja epilepsia é necessário que haja um foco de descargas elétricas anormais. Essas descargas anormais podem ser causadas por neurônios (células cerebrais) doentes, tumores e cicatrizes cerebrais e por lesões das mais diversas causas (falta de oxigênio no parto, parasitose cerebral.).

Muitas pessoas desencadeiam crises epilépticas quando submetidas a um estímulo qualquer com luzes fortes, som e algum tipo específico de imagem. Nas crianças podem surgir convulsões quando apresentam febre alta, mas é de evolução benigna e muitas vezes não necessitam de tratamento.

Nos adultos a epilepsia tem de ser investigada, pois muitas vezes esses indivíduos apresentam uma lesão cerebral que pode necessitar de tratamento cirúrgico ou medicamentoso para curar.

Como se desenvolve?
Epilepsia pode surgir após várias doenças, entre elas: encefalite, meningite, tumores cerebrais, encefalopatia anóxica (asfixia), doenças do fígado (encefalopatia hepática), doenças do rim (uremia) e hemorragias cerebrais.

O que se sente?
Algumas pessoas que sofrem de epilepsia sentem um sinal antes de cada crise. A isso se dá o nome de "aura" e pode ser um som estranho, luzes coloridas, diarréia súbita, dormência no corpo e até mesmo alucinações visuais e sonoras.
A grande maioria dos pacientes dá-se conta de que sofreu uma crise epiléptica após acordar com cefaléia, fotofobia, confuso, sonolento e muitas vezes tendo se urinado e mordido a própria língua.

Como o médico faz o diagnóstico?
O médico neurologista faz o diagnóstico com o auxílio da história do paciente e de pessoas que observaram o episódio. Muitas vezes o diagnóstico é difícil em crianças e somente após observação atenta é possível chegar ao diagnóstico de epilepsia.

Além do diagnóstico pela história do paciente e da observação clínica é necessário um eletro-encefalograma para avaliar as descargas elétricas cerebrais. Nos pacientes com epilepsia há uma desorganização dessa atividade elétrica cerebral que é identificada pelo especialista.

Como se trata e como se previne?
O tratamento da epilepsia é feito com medicações que diminuem as descargas elétricas cerebrais anormais. Existem remédios de baixo custo e com poucos riscos de toxicidade. O neurologista muitas vezes lança mão de múltiplas medicações na tentativa de controlar as crises convulsivas.

Caso não se obtenha controle das crises com a terapia medicamentosa, após cuidadosa avaliação, é indicada a cirurgia para epilepsia que consiste na retirada de parte da lesão ou das conexões cerebrais que levam à propagação das descargas anormais. A cirurgia pode levar à cura, ao controle das crises ou à diminuição da freqüência e intensidade das mesmas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dr. Carlos achei otimo seu texto sobre convulsão esclarecedor, eu tive minha 1º convulsão dia 29/01/2011, não bebo, não fumo e não uso drogas, e nunca usei nenhuma porcaria, meu pai é convulsivo, convulsão é heriditário, bati a cabeça uma vez quando eu tinha 10 anos de idade cai de um palanque.
não fui ao médico isso pode ter gerado algum dano que só se manifestou agora? estou muito preocupado.