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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Transtorno Bipolar


O transtorno bipolar do humor (TBH), distúrbio bipolar ou transtorno afetivo bipolar (TAB) é um distúrbio mental em que a pessoa alterna entre períodos de depressão e períodos de elevado ânimo. 

O ânimo é significativo e é conhecido como mania ou hipomania, dependendo da gravidade ou se estão ou não presentes sintomas de psicose. Durante o período de mania a pessoa comporta-se ou sente-se anormalmente energética, contente ou irritável.

Os doentes geralmente realizam decisões irrefletidas ou sem noção das consequências. 

Durante as fases maníacas a necessidade de sono tende a ser menor.

Durante as fases depressivas a pessoa pode chorar, encarar a vida de forma negativa e evitar o contacto ocular com outras pessoas.

O risco de suicídio entre as pessoas com a doença é elevado, sendo superior a 6% ao longo de vinte anos. 

Verifica-se automutilação em 30–40% dos doentes. Estão geralmente associados ao transtorno bipolar outros problemas mentais, como distúrbio de ansiedade e de consumo de drogas.

As causas ainda não são totalmente compreendidas, mas tanto fatores ambientais como genéticos têm influência. 

Muitos genes de pequeno efeito contribuem para aumentar o risco.

Os fatores ambientais incluem historial de abuso infantil e stresse de longa duração.

A doença divide-se em "distúrbio bipolar do tipo 1" quando existe pelo menos um episódio maníaco e "distúrbio bipolar do tipo 2" quando existe pelo menos um episódio hipomaníaco e um episódio depressivo maior. 

Em pessoas com sintomas menos graves e de longa duração pode-se estar na presença de ciclotimia. 

Quando esta condição tem origem em problemas médicos é classificada à parte.

Podem também estar presentes outras condições, incluindo distúrbio do défice de atenção com hiperatividade, distúrbios de personalidade, distúrbios relacionados com o consumo de drogas e uma série de condições médicas.

O diagnóstico não requer exames médicos. No entanto, podem ser realizadas análises ao sangue e exames imagiológicos para descartar outros problemas.

O tratamento geralmente tem por base a psicoterapia e medicamentos como estabilizadores de humor e antipsicóticos.

Entre os estabilizadores de humor mais comuns estão o lítio e anticonvulsivos. 

Em pessoas que apresentam risco para si próprias ou para outros e que recusam o tratamento pode ser necessário o internamento em hospital psiquiátrico. 

Muitos dos problemas comportamentais podem ser feridos com antipsicóticos de curta ação ou benzodiazepinas. 

Durante os períodos maníacos é recomendada a interrupção dos antidepressivos. 

Quando os antidepressivos são usados durante os períodos de depressão, devem ser administrados em conjunto com um estabilizador de humor.

Em pessoas que não respondem a outro tipo de tratamento pode ser considerada a possibilidade de terapia eletroconvulsiva. 

No caso do tratamento ser interrompido, é recomendado que seja feito de forma lenta.

Muitas pessoas apresentam problemas financeiros, sociais ou de trabalho como consequência da doença. Estas dificuldades estão presentes, em média, entre um quarto a um terço do tempo. 

O risco de morte por causas naturais em doentes bipolares é o dobro do da população em geral. Isto deve-se a escolhas de vida menos acertadas e aos efeitos secundários da medicação.

Estima-se que cerca de 3% da população norte-americana tenha tido um distúrbio bipolar em determinado momento da vida.

Em outros países, a prevalência é menor, chegando a 1%. A idade mais comum em que os sintomas se começam a manifestar é aos 25 anos.

A prevalência aparenta ser igual em homens e mulheres.

O custo económico da doença é elevado, estimando-se que sejam perdidos 50 dias de trabalho por ano por doente.

As pessoas com distúrbio bipolar muitas vezes enfrentam o problema do estigma social.

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