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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Dores cervicais


A dor aguda localizada no pescoço é uma condição médica comum.

Duas entre três pessoas irão apresentar sintomas de dores cervicais em algum momento da vida.

Na maioria dos casos, a dor não é devida a uma doença ou lesão séria de pescoço e muitas vezes a causa exata permanece não esclarecida.

Isso é conhecido, medicamente, como cervicalgia inespecífica.

A coluna cervical é a estrutura anatômica mais importante do pescoço.

Ela é composta por sete vértebras (chamadas vértebras cervicais), dispostas de modo a formar o canal vertebral que circunda a medula espinhal.

As duas primeiras têm formas e funções especiais porque estão especialmente implicadas no suporte e mobilidade da cabeça.

Entre cada uma dessas vértebras existem discos cartilaginosos e das duas últimas emergem, através dos forames intervertebrais, os nervos do pescoço.

Além disso, as estruturas dentro do pescoço incluem pele, músculos, artérias, veias, linfonodos, glândula tireoide, glândulas paratireoides, laringe, parte proximal do esôfago e da traqueia.

Doenças ou condições que afetem qualquer uma dessas estruturas do pescoço podem causar dores.

A maioria das dores cervicais ocorre provavelmente devido a problemas menores, como má postura ou uso inadequado de tablets e smartphones, por exemplo, mas também podem provir de uma série de distúrbios e doenças e podem envolver qualquer um dos tecidos no pescoço.

Exemplos de condições patológicas comuns que causam dor no pescoço são a degeneração dos discos intervertebrais cervicais; lesões ou traumatismos do pescoço; hérnia de disco; infecções com inchaço dos linfonodos e infecções raras, como tuberculose ou infecções dos ossos da coluna cervical.

A dor no pescoço também pode ser resultado de uma fibromialgia e polimialgia reumática, bem como do mau posicionamento do pescoço ao dormir.

Fatores de risco para dores no pescoço incluem lesões por envolvimento em esportes de contato e acidentes de trânsito.

A dor no pescoço é comumente associada a outros sintomas.

Em geral ela é agravada pelo movimento do pescoço e/ou de girar a cabeça.

Outros sintomas associados incluem dormência, formigamento e hipersensibilidade dos braços, dificuldade de deglutição, tonturas e inchaço dos linfonodos cervicais.

A dor no pescoço também pode ser associada à dor de cabeça, dor facial, dor no ombro e entorpecimento do braço (parestesias nas extremidades superiores).

Estes sintomas quase sempre são resultado da compressão de raízes nervosas.

Dependendo da condição, a dor no pescoço se espalha por um ou ambos os ombros, às vezes descendo para o braço ou subindo para a parte de trás de sua cabeça, às vezes acompanhada de dor nas costas e/ou dores lombares.

Outros sintomas acompanhantes são dores de cabeça, dores musculares, febre, torcicolo, dor de garganta e fraqueza dos braços.

O diagnóstico da causa da dor no pescoço exige a tomada de uma minuciosa descrição dos sintomas (localização, intensidade, duração e irradiação da dor) e história clínica.

Ao analisar a história, o médico notará se a dor melhora ou piora com o giro ou reposicionamento da cabeça, bem como todas as lesões e tratamentos passados.

No exame físico, o pescoço deve ser examinado em repouso e em movimento.

Um exame neurológico deve ser realizado para determinar se o envolvimento dos nervos está ou não presente.

Testes adicionais podem incluir radiografias, tomografia computadorizada, ressonância magnética e testes elétricos, como eletromiografia.

O tratamento da dor no pescoço depende da sua causa.

As opções de tratamento, conforme a natureza do problema, incluem aplicações de calor ou frio, tração mecânica, colar de tração, fisioterapia (ultrassom, massagem, manipulação), injeções locais de cortisona ou anestésicos, cremes anestésicos tópicos, relaxantes musculares, analgésicos e mesmo procedimentos cirúrgicos.

Certos remédios caseiros de eficácia relativa são banhos quentes, exercícios de alívio da dor, uso de travesseiros mais adequados e compressas quentes no pescoço.

Um recurso a mais nobre pode ser a acupuntura.

O tratamento da dor crônica (dor persistente por mais de 3 meses) é diferente do tratamento da dor aguda, necessitando obrigatoriamente intervenções médicas.

A evolução da dor no pescoço depende da sua causa.

A maioria das dores são resolvidas com medidas conservadoras, como o repouso e a reabilitação gradual.

A recuperação completa, sem novos sintomas, ocorre em mais de 90%.

A dor geralmente melhora depois de alguns dias e desaparece dentro de semanas.

A prevenção da dor no pescoço implica na evitação de lesões no pescoço e na inclusão de exercícios de fortalecimento dos músculos do pescoço.

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