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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Psicoses


Psicose não é uma doença específica, mas um conjunto de enfermidades reconhecidas pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela psicanálise como um estado psíquico no qual se verifica uma "perda de contato com a realidade", traduzido por alucinações e delírios nos períodos de crises mais intensas.

Afora isso, o estado psíquico inclui também pensamento desorganizado e/ou paranoide, acentuada inquietude psicomotora, sensações de angústia intensa, insônia severa e comportamentos bizarros. Também é frequente uma falta de "crítica" ou de "insight", que se traduz numa incapacidade de reconhecer o caráter estranho do próprio comportamento. Desta forma surgem, nos momentos de crise, dificuldades de interação social e em cumprir normalmente as atividades comuns da vida diária.

Quando a pessoa apresenta este problema de forma aguda, dizemos que ela está tendo um surto psicótico, do qual pode se recuperar parcialmente, em geral restando algum “defeito” psíquico residual, variável para cada pessoa. Se uma pessoa ficar com a doença pelo resto da vida, dizemos que sofre de psicose crônica.

As causas das psicoses são motivo de muita discussão e controvérsia dentro da comunidade científica. Acredita-se que fatores sociais como abuso de drogas e isolamento social possam estar direta ou indiretamente associados às psicoses. O desenvolvimento do quadro psicótico parece depender da interação desses fatores sociais com fatores biológicos (hereditariedade e danos físicos ao cérebro, por exemplo) e psicológicos (experiências dramáticas extremas e traumas psíquicos, por exemplo).

Os sintomas psicóticos podem ocorrer em diversos estados psicológicos excepcionais ou mórbidos, tais como transtorno bipolar, depressão grave, demências, estresse psicológico severo, privação do sono, epilepsia, esquizofrenia, abstinência de álcool, infecções e cânceres do sistema nervoso central, lúpus eritematoso, insuficiência renal e/ou hepática, tumores cerebrais, acidente vascular cerebral, AIDS e sífilis.

O abuso de substâncias como o álcool e alguns tipos de drogas, principalmente as do tipo estimulantes, é um dos principais fatores de risco para o surgimento da psicose.

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