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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Dor mista


A dor é um dos mecanismos de defesa mais importantes do nosso organismo e, mesmo sendo incômoda e indesejada, serve para alertar sobre um desequilíbrio ou trazer um sinal de que algo vai mal ou está errado. 

Se não for tradada corretamente, a dor pode ocasionar, além dos incômodos, outros problemas psicológicos como distúrbio do sono, perda de energia, tontura, depressão, ansiedade e falta de apetite.

A dor pode se apresentar de três formas: inflamatória, neuropática e mista. 

As dores inflamatória e neuropática são as mais conhecidas do público, mas desconhecem a existência da dor mista, que nada mais é do que a coexistência desses dois tipos de dor.

A dor inflamatória, ou nociceptiva, deriva de uma lesão tecidual contínua, deixando o sistema nervoso central sem nenhuma alteração. 

Ela pode ser crônica, mas geralmente é transitória, desaparecendo após a cura dos tecidos lesados. 

A dor nociceptiva é uma dor bem localizada, mais fácil de tatear e costuma não ser duradoura Lembrando que, como em todos os casos, há exceções.

Por outro lado, quando os nervos do sistema nervoso central ou periférico não estão funcionando corretamente, a dor é chamada de neuropática. 

Neste caso, não há uma lesão tecidual e a região dolorida não se situa, necessariamente, no local afetado. 

Essa dor apresenta sintomas como a dormência, queimação, formigamento e choques elétricos e podem ser provenientes de lesões traumáticas, metabólicas, infecciosas, tóxicas, vasculares e até nutricionais.

O que pouca gente sabe, porém, é que a mais comum das dores é a mista, que também é conhecida como dor combinada. 

Nesses casos, o paciente sofre não somente a compreensão de nervos e raízes (dor neuropática), mas também com problemas nos ossos, facetas, articulações e ligamentos (estruturas musculoesqueléticas)².

Um exemplo da dor mista é a famosa dor no ciático, que irradia da coluna lombar para a parte posterior da coxa ou da perna. 

Síndrome do canal cárpico, cervicobraquialgias e dor neoplásica são outras formas da dor mista.

Todo o diagnóstico provém de uma análise minuciosa e da apuração do histórico do paciente. 

Quando verificamos a presença combinada dos sintomas, ligamos o alerta para verificar se existe, de fato, uma lesão neuropática naquele paciente que já apresenta sintomas de dor inflamatória.

Lembrando que a medicina utiliza escalas para diferenciar o tipo de dor e intensidade do sintoma.

Existem mais de uma escala que são compostas de perguntas onde se explora aspectos qualitativos e sensitivos da dor.


Quanto mais rápido for o diagnóstico, mais rápido será o tratamento. 

Nos casos de dor mista, por exemplo, o paciente terá que trabalhar com pelo menos dois tipos de medicação. 

Sem passar por uma consulta médica, ele dificilmente teria essa noção. Portanto, é importante que o paciente não se automedique e procure um especialista.


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