O atenolol é um medicamento que faz parte da classe dos betabloqueadores, também chamados de bloqueadores beta-adrenérgicos. Outros fármacos conhecidos desta classe são: propranolol, bisoprolol, metoprolol, nebivolol, carvedilol e timolol.
Os fármacos betabloqueadores agem impedindo a ação da adrenalina e da noradrenalina sobre os receptores beta que estão presente em vários órgãos, tais como coração, pulmões e vasos sanguíneos.
Existem 2 tipos de receptores beta: beta-1 e beta-2.
Os receptores beta-1 estão presentes principalmente no coração, rins, intestino, olhos e em menor quantidade nos pulmões. Já os receptores beta-2 existem predominantemente nos pulmões, nos vasos sanguíneos, no pâncreas e em menor quantidade no coração.
O atenolol é um bloqueador beta-1 seletivo, ou seja, ele age predominantemente nos receptores beta-1. O alvo principal da sua ação é o coração.
Como resultado do bloqueio dos receptores beta-1, o atenolol promove:
– Redução da frequência cardíaca.
– Redução da força de contração do músculo cardíaco.
– Redução do volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo.
– Redução da produção de renina pelos rins, o que inibe a retenção de sal e líquidos.
– Atraso na condução de impulsos elétricos pelo nodo AV do coração.
O atenolol começa a ter efeito com cerca de 60 minutos e o pico ação ocorre com 2 a 4 horas. O seu efeito tem duração de cerca de 24 horas.
Na hipertensão arterial, o efeito máximo do medicamento só é atingido após 1 a 2 semanas de uso contínuo.
A seletividade beta-1 do atenolol reduz-se conforme a sua dose vai sendo elevada, de forma que, em doses altas, o medicamento inibe tanto os receptores beta-1 quanto beta-2.
PARA QUE SERVE O ATENOLOL
As ações betabloqueadoras sobre os receptores beta-1 fazem com que o atenolol seja útil no tratamento das seguintes situações:
Hipertensão arterial
Angina de peito
Infarto do miocárdio
Insuficiência cardíaca não descompensada
Arritmias cardíacas que cursam com frequências cardíacas elevadas
A redução do trabalho cardíaco pela inibição dos receptores beta-1 ajuda a reduzir o gasto de energia e necessidade de sangue do coração, o que é útil nos quadros de isquemia, como na angina e no infarto.
A redução da força de contratilidade do coração e do volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo, associado à redução da retenção de líquidos e sódio pelos rins, ajuda no controle da pressão arterial.
Por fim, a redução da velocidade de transmissão dos impulsos elétricos cardíacos ajuda a controlar as arritmias, como o flutter atrial, a fibrilação atrial e a taquicardia supraventricular.
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