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terça-feira, 30 de maio de 2017
Intolerância à lactose
Não se pode confundir intolerância à lactose com alergia ao leite!
A alergia está sempre associada com alguma proteína. No caso do leite, é ocasionada, normalmente, pela a caseína ou a lactoglobulina.
A intolerância à lactose ocorre quando há uma deficiência total ou parcial da enzima que digere a lactose, chamada lactase, responsável pela quebra da lactose em glicose e galactose.
Quando a lactose não é digerida corretamente pelo nosso organismo, ela chega ao intestino inalterada e sofre fermentação pelas bactérias intestinais causando desconfortos abdominais, cólicas intestinais e formação de gases, podendo causar inclusive, edemas e irritações que podem dificultar a absorção de outros nutrientes como as vitaminas e minerais.
Existem três possíveis causas para o a intolerância à lactose:
- Deficiência congênita: é um problema genético raro, nesse caso, a criança já nasce sem a capacidade para produzir a enzima lactase. Assim, a criança já é acometida pela intolerância logo quando entra em contato com o leite materno, pois este também possui lactose;
- Deficiência primária ou ontogênica: é a mais comum entre a população, e acontece por uma tendência natural a diminuição da produção da enzima lactase pelo nosso organismo, com o passar da idade, já que os mamíferos são programados geneticamente para tomar leite somente quando crianças;
- Diminuição enzimática secundária a doenças intestinais: é mais comum em crianças durante os primeiros anos de vida e pode ocorrer devido a diarreias que duram por mais tempo. Neste caso, as células intestinais responsáveis pela produção da lactase acabam morrendo por conta da diarreia. No entanto, esta deficiência é temporária, já que a lactase volta a ser produzida normalmente quando as células intestinais são recuperadas.
Os sintomas da intolerância à lactose irão aparecer quando a quantidade de lactose ingerida for maior que a capacidade que o intestino tem de hidrolisá-la (quebra-la em partes menores).
Pessoas intolerantes a lactose podem apresentar diversos sintomas, sendo a dor e inchaço abdominal, náuseas, desconfortos gástricos, diarreia e gases os mais comuns.
Porém, outros sintomas, como dores de cabeça e vertigens, perda de concentração, dificuldade de memória, dores musculares e nas articulações, cansaço, alergias diversas, arritmia cardíaca, etc., também podem ser resultado da intolerância à lactose.
Pelo fato de os sintomas não serem bem definidos, podendo variar de uma pessoa para outra, o mais importante é sempre procurar a orientação de um médico para o correto diagnóstico e tratamento da doença.
O tratamento para intolerância à lactose vai depender do grau da intolerância, já que muitas pessoas, mesmo sendo intolerantes, conseguem consumir uma pequena quantidade de lactose por dia. Caso o grau de intolerância não seja muito severo, os intolerantes à lactose conseguem consumir alimentos como iogurte, queijos maturados, e outros produtos lácteos fermentados em pequenas quantidades.
No entanto, atualmente existem diversos alimentos sem lactose, que são produzidos sem leite, bem como o desenvolvimento de diversas receitas sem lactose, utilizando alternativas vegetais à base de soja, arroz, aveia e quinoa. Também encontramos no supermercado alimentos como leite, queijo e iogurtes sem lactose ou com baixo teor de lactose. Estes alimentos são produzidos com leite de vaca, no entanto, a lactose já está quebrada em glicose e galactose, e por isso, são bem tolerados.
E ainda, uma boa saída para os intolerantes à lactose são os suplementos à base de enzimas digestivas que contém lactase. São suplementos em pó, que podem ser consumidos cerca de 30 minutos antes das refeições contendo leite. Ainda falando de suplementos, os probióticos (bactérias boas) também costumam ser recomendados para o tratamento da intolerância à lactose, isto porque alguns tipos produzem a enzima lactase, além de ajudarem a recuperar a saúde intestinal, que, normalmente, esta debilitada por conta da doença.
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