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terça-feira, 21 de março de 2017

Plagiocefalia


A plagiocefalia é uma deformidade da cabeça da criança, em geral transitória, que faz com que ela assuma uma aparência achatada.

A plagiocefalia se desenvolve por um posicionamento vicioso da cabeça, mantido ou por um torcicolo congênito ou quando o crânio macio do bebê fica submetido a uma pressão constante ou repetida. Muitos bebês desenvolvem plagiocefalia quando ficam muito tempo dormindo ou sentado na mesma posição. Esta condição ocorre mais frequentemente em bebês prematuros cujos crânios são especialmente flexíveis.

A plagiocefalia também pode se desenvolver por uma posição viciosa no útero, pela posição “assentada” do feto/bebê, por nascimentos múltiplos, por nascimento prematuro, por torcicolo congênito e por dormir numa mesma posição.

A plagiocefalia congênita é uma malformação cerebral resultante de um ambiente intrauterino restritivo ou de um torcicolo congênito (um espasmo ou rigidez dos músculos do pescoço, ainda no útero) devido à manutenção prolongada de uma mesma posição (plagiocefalia posicional).

É comum encontrar a plagiocefalia já ao nascer. Normalmente, ela não tem quaisquer efeitos nocivos duradouros sobre o desenvolvimento neurológico do bebê. É provável que, deixada sem tratamento, a cabeça permanecerá deformada na idade adulta. Alguns problemas que podem surgir são assimetria facial notável, áreas planas visíveis com cabelos cortados curtos, desalinhamento da mandíbula, etc.

Na plagiocefalia posicional, a cabeça vista de cima assume a forma de um paralelogramo que gera na zona posterior do crânio um aplanamento lateral. Produz orelhas desalinhadas, assimetria facial e abaulamento da frente. Muitos bebês que nascem por parto vaginal têm, de início, uma cabeça de forma estranha causada pela pressão ao passar pelo canal do parto. Normalmente, isso se corrige espontaneamente em cerca de seis semanas. Se persistir além disso, provavelmente se trata de um caso de plagiocefalia.

A plagiocefalia é uma desordem tratável. O tratamento inclui exercícios especiais, variação da posição da cabeça durante o sono ou uso de órteses corretivas ou de moldagem. Os bebês com plagiocefalia normalmente respondem muito bem aos tratamentos não-invasivos, tais como as técnicas de reposicionamento, que os pais podem praticar em casa. Os pais devem alternar a direção da cabeça do bebê ao colocá-lo para dormir e evitar deixar o bebê por longos períodos em assentos, balanços, porta-bebês ou em outro lugar onde a cabeça fique imóvel por muito tempo.

Durante a alimentação, os pais devem oferecer os talheres em lados variados a cada dia para que o bebê seja alimentado e alterne a posição de rotação da cabeça para receber os alimentos. O médico também pode recomendar exercícios de fisioterapia diários para ajudar a aumentar a amplitude de movimentos do pescoço do bebê.

Os bebês com plagiocefalia severa geralmente usam um capacete personalizado ou uma cinta para a cabeça, cerca de 23 horas por dia durante dois a seis meses.

As técnicas de reposicionamento e o uso de um capacete craniano personalizado redirecionam o crescimento natural da cabeça do bebê para uma posição e forma normais.

Práticas simples em casa, incluindo técnicas de reposicionamento, podem prevenir a plagiocefalia. Os pais devem evitar que os bebês se mantenham sempre numa mesma posição. Deitar de barriga para baixo durante a vigília é essencial para o desenvolvimento de habilidades motoras e fortalece os músculos do pescoço, além de prevenir a plagiocefalia.

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